02 maio 2006

Cachimbadas e o rei monhé


Já sabemos como são as coisas. As manifestações dos latinos de ontem, que concretizaram um dia sem mexicanos, são um fenómeno curioso que deverá fazer pensar muitos dos norte-americanos ainda iludidos quanto à «prescindibilidade» destas pessoas, por eles acusados de serem invasores.

Porém, disparatar não é monopólio de ninguém (eu que o diga) pelo que há muito boa gente que «bota faladura» sem que a «bota não bata com a perdigota" (estou tão popular).

O amado sub-comandante (aqui acompanhado de Inácio, o rei monhé) mostrou-se solidário com as manifestações nos EUA. Claro que na sua dupla face de anti-globalização sem causa, lá se referiu aos norte-americanos que investem no México: «los invitó a ''ir haciendo sus maletas porque se van a ir de México. El pueblo organizado los va a expulsar. En nuestros cielos no ondeará la bandera de las barras y las turbias estrellas. Habrá de ondear de nuevo con dignidad el pendón tricolor con el águila posada en un nopal y luchando contra una serpiente. Ni modo. Hay que empezar a empacar''.»

Viva o Multiculturalismo! Viva! Viva!

P.S. Não será este senhor sub do comandante Fidel? Acho que é uma obviedade (palavra de origem castelhana que de bom grado introduzo no português pela sua clara utilidade) pouco referida.

5 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

Não sou nenhum purista da língua e "obviedade" até me soa bem. Mas não acaba por ser o mesmo que "evidência"?

Anónimo Misterioso.

03 maio, 2006 17:14  
Blogger Radagast disse...

É. Porém gosto de obviedade.

04 maio, 2006 12:32  
Blogger C+SK disse...

A questao da imigracao nos EUA nao 'e uma questao de prescindibilidade - falar assim e' simplorio e revela uma falta de compreensao do assunto. A verdade e' que imigrantes ilegais (mexicanos, brazileiros e outros sul-americanos, e tambem asiaticos) chucham na chupeta do governo, nao pagam impostos (e nao me venham com historias de que sao pobres, que os impostos nos EUA sao apenas 8%, por oposicao a 30% na Europa), nao pagam seguro de saude - e quem paga? Pago eu, imigrante LEGAL, que me levanto da minha cama todos os dias para ir trabalhar, pagar os meus impostos e seguros, e ainda ter de contribuir para os que nao tem consciencia social. Moro numa comunidade imigrante, onde 60% e' ILEGAL - e onde hospitais e escolas nao recusam apoio a estas pessoas, mas que vao buscar o dinheiro ao resto da populacao. Vem para os EUA 'a procura de uma "vida melhor" mas procriam sem fim (sim sim, e' um direito humano, mas e' estupidez humana quando nao se tem dinheiro para criar uma crianca mas mesmo assim tem-se cinco!) e recusam-se a seguir a lei para entrar no pais legalmente. ILEGAL so' tem um significado no dicionario. Ninguem lhes nega o direito de trabalho, ninguem lhes nega a IMprescindibilidade, mas aos menos vamos ser responsaveis e deixar de mamar nas maminhas do governo, que ao fim, sao as minhas!

05 maio, 2006 16:29  
Blogger Radagast disse...

Não deixam de ser imprescindíveis. Há alguns pontos importantes que referes mas não nos podemos esquecer que:

1. A ti foi dada a possibilidade de entrares nos EUA como legal, a eles não.
1.1. A maior parte não vai trabalhar para os EUA para ter uma vida mais desafogada, vai para sobreviver!

2. O que eles querem é precisamente ser legalizados. Quando legais poderão pagar impostos e segurança social. O estado beneficia, a sociedade beneficia, eles beneficiam. Só não beneficia quem deixa de os poder explorar.

Por outro lado:
1. Não deixa de me fazer impressão que lutem pelos seus direitos nos EUA a gritar "Viva México".

2. Em grande medida a responsabilidade desta situação é do país de origem, que não garante a estas pessoas uma vida pelo menos suficiente.


Solução fácil não há, mas que merecem reconhecimento pelo seu papel na sociedade norte-americana merecem.

05 maio, 2006 18:53  
Anonymous Anónimo disse...

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16 maio, 2006 18:27  

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