26 fevereiro 2007

Bomba não muito inteligente

«... a pensar naquele alucinado do Presidente do Irão. Talvez não fosse má ideia deixar que fizesse as suas coisinhas nucleares. É que não é só uma questão de ter a bomba: é preciso ter condições to drop it. Assim, ao primeiro indício de utilização, varria-se o Irão do mapa. Afinal de contas, quem deseja essas coisas aos outros, deve sofrê-las na pele.»

Na quinta-feira por terras da bomba inteligente dizia-se isto. Às vezes as conversas em torno do Médio Oriente passam por um «eu digo de ti o mesmo que dizes de mim mas isso faz de mim bom e de ti mau». Estabelecem-se eixos do mal e eixos do bem em função das amizades.

Arrasar Israel é mau, arrasar o Irão é bom; Israel deve ser erradicado, Irão é terra de civilização. Pelo menos quem ataca as palavras do Irão não é considerando «anti» nada.

Não é muito diferente do que fazemos entre nós, nas relações pessoais, nas coisas comezinhas ou nas mais importantes. É muito fácil pretender ter uma superioridade pessoal em relação ao outro apenas para depois se agir pior do que quem por si é julgado. Irrita-me os julgamentos gratuitos, irrita-me a sobranceria sustentada na omissão e na dissimulação, irrita-me a vacuidade moral envolta em lençóis rectidão.

PIM.

2 Comentários:

Blogger Mafarrico disse...

De quem é a citação lá de cima? Que quer dizer PIM? Porquê a amargura (judgemental) do último parágrafo???

26 fevereiro, 2007 16:01  
Blogger Radagast disse...

É da Bomba Inteligente.
É um ponto de exclamação.
Não é amargura, é irritação, mais de passados do que presentes, mesmo que seja presente recorrente.
É judgemental na medida referir-mos algo que nos irrita o é.

26 fevereiro, 2007 19:46  

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