Porque o 25 de Abril não foi só um mar de cravos...
publicada por Sir Humphrey às
19:52
21 abril 2008
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8 Comentários:
Não me parece que isso tenha que ver com o que foi feito a 25 de Abril. Acho até que é uma associação um pouco despropositada. O Rosa Coutinho seria sempre a criatura que é.
r.
Seria sempre o que é, mas não teria feito o que fez se a revolução não tivesse sido o que foi. Confuso?
Sir H.
A revolução foi o que podia ser. Se não fosse como foi não aconteceria, e eu não queria viver num país onde não tivesse existido.
r.
Eu também não gostaria de viver no país do 24 de Abril.
Já quanto ao facto da revolução ter sido o que podia ser, digo apenas: olhe que não, olhe que não...
Sir H.
Neste mundo tudo é relativo. Não há nada perfeito, muito menos revoluções. E no mundo das revoluções a nossa é uma mariquinhas.
Meu caro, a revolução é a mais imperfeita das formas de promover a mudança. O problema do 25 de Abril é precisamente a revolução que devia, e podia, a meu ver, ter sido evitada. O golpe de Estado era inevitável, a revolução não.
Sir H.
Qual a forma de golpe de estado que proporias?
Golpe de Estado e revolução são dois fenómenos distintos. Na noite de 25 de Abril a JSN apresentou ao País o Programa do MFA, que previa uma nova consituição e eleições livres. Este é o programa decorrente do golpe. As nacionalizações, a reforma agrária, os saneamentos, a desastrosa descolonização, und so weite, und so weite são fruto da revolução.
O que me parece sensato é que o programa tivesse sido cumprido, mas não foi, consequência da revolução que, não inevitavelmente, repito, se lhe seguiu.
Sir H.
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