É, de facto, a tristemente célebre Bastilha, onde simbolicamente se iniciou a Révolution, que deu à França uma série de "cromos", suficientes para encher várias cadernetas.
Acho que já tinham uns cromos antes, homem... havia mil anos que os franceses aturavam cromos, tiranos, megalómanos e outros doentes mentais. Parece-me que tinham direito a querer mudar, não? Hoje já ninguém discute que a tomada da Bastilha teve muitas consequências nefastas. Mas francamente não entendo quando alguém diz que o mundo seria melhor sem a Revolução de 1789. Tu com certeza que não estarias a ver toalhas da Louis Vuitton na net. E eu entre um Luis XVI e um Sarkozy, pois ainda escolho o segundo.
Não. Afirmo que tu enquanto plebeu muito provavelmente não terias acesso nem à net, nem à Vuitton, não só por uma questão de dinheiro, mas essencialmente porque numa sociedade monárquica pré-constitucional não terias o DIREITO de usar essas coisas. Declaração dos Direitos do Homem, soa-te a alguma coisa?
Quem lhe disse que sou plebeu???!!!...lol Além do mais, os direitos humanos ( prefiro esta expressão à de direitos do homem ) não são uma invenção francesa e ter-se-iam afirmado, estou certo, mesmo sem a revolução que, aliás, sistematicamente os violou.
Pois eu acho que a questão de seres plebeu não é assim tão marginal. Para se ser nobre, e portanto para fazer parte dos privilegiados que podem, numa dessas sociedades que admiras, comprar e usar os bens com que sonhas, é preciso nascer nobre, ou casar nobre, ou fingir-se nobre, expondo-se no último caso à risota de todos. Quanto aos valores proclamados - embora não necessariamente praticados, mas isso não é um problema exclusivamente francês - pela Revolução, o que eu não vejo é como alguém pode hoje em dia defender que seria desejável termos como lema da nossa sociedade: "não à liberdade, não à igualdade, não à fraternidade". E no entanto, é nisso que pareces insistir, sempre que falas de questões políticas, económicas e sociais. Eu acho triste, e acho também uma pena porque o blogue deixa de ser um lugar agradável de se visitar.
7 Comentários:
acho que é a Bastilha.
nunca fiz essa caderneta... :(
É, de facto, a tristemente célebre Bastilha, onde simbolicamente se iniciou a Révolution, que deu à França uma série de "cromos", suficientes para encher várias cadernetas.
Sir H.
Acho que já tinham uns cromos antes, homem... havia mil anos que os franceses aturavam cromos, tiranos, megalómanos e outros doentes mentais. Parece-me que tinham direito a querer mudar, não? Hoje já ninguém discute que a tomada da Bastilha teve muitas consequências nefastas. Mas francamente não entendo quando alguém diz que o mundo seria melhor sem a Revolução de 1789. Tu com certeza que não estarias a ver toalhas da Louis Vuitton na net. E eu entre um Luis XVI e um Sarkozy, pois ainda escolho o segundo.
Esse é um raciocínio altamente especulativo... afirmas que sem a revolução não haveria internet?... ou não haveria Vuitton?... ou nenhuma delas?
Sir H.
Não. Afirmo que tu enquanto plebeu muito provavelmente não terias acesso nem à net, nem à Vuitton, não só por uma questão de dinheiro, mas essencialmente porque numa sociedade monárquica pré-constitucional não terias o DIREITO de usar essas coisas. Declaração dos Direitos do Homem, soa-te a alguma coisa?
Quem lhe disse que sou plebeu???!!!...lol
Além do mais, os direitos humanos ( prefiro esta expressão à de direitos do homem ) não são uma invenção francesa e ter-se-iam afirmado, estou certo, mesmo sem a revolução que, aliás, sistematicamente os violou.
Sir H.
Pois eu acho que a questão de seres plebeu não é assim tão marginal. Para se ser nobre, e portanto para fazer parte dos privilegiados que podem, numa dessas sociedades que admiras, comprar e usar os bens com que sonhas, é preciso nascer nobre, ou casar nobre, ou fingir-se nobre, expondo-se no último caso à risota de todos.
Quanto aos valores proclamados - embora não necessariamente praticados, mas isso não é um problema exclusivamente francês - pela Revolução, o que eu não vejo é como alguém pode hoje em dia defender que seria desejável termos como lema da nossa sociedade: "não à liberdade, não à igualdade, não à fraternidade". E no entanto, é nisso que pareces insistir, sempre que falas de questões políticas, económicas e sociais. Eu acho triste, e acho também uma pena porque o blogue deixa de ser um lugar agradável de se visitar.
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