02 março 2010

A mercenária 1.

10 da manhã. Seaweed, a mercenária, sai de casa tarde e a más horas, com uma mochila titânica às costas. Computador, farnel e outros apetrechos eléctricos que dão jeito a certas mães em apuros. Passo adiante. Destino: BNF. Que é como quem diz, BIBLIOTECA NACIONAL, esse templo do saber. Seaweed não põe lá os pés desde Novembro, altura em que se lembra de comer dois Twixes por volta do meio-dia, assim meia-hora antes de ir almoçar com a amiga. Tinha muita fome. Outros tempos. Seaweed, a mercenária, resolveu que ia ganhar uns trocos escrevendo nas suas horas vagas (?) notícias biográficas para um catálogo de uma exposição que não interessa ao Menino Jesus. Ou que talvez interesse ao Menino Jesus: é sobre a esperança na arte contemporânea. Sem comentários. Seaweed chega ao seu local de destino e depara com o cenário-catástrofe: trinta infelizes vagueiam quais almas penadas às portas da caverna mística do saber, esmagados pelo peso de mochilas igualmente titânicas. The horror, the horror! Não há lugares! Seaweed, a mercenária, chegou tarde e a más horas, apesar de estar de pé desde as 7 da manhã.

Problema. Problema grave. Seaweed não está para dar meia-volta. A funcionária antipática que guarda a entrada do templo é peremptória: "você hoje nunca terá lugar". Ah não? Isso é o que tu pensas, oh lambisgóia desdentada, pensa Seaweed para consigo, enquanto pede à bruxa malvada para pegar no telefone e ligar para o INA. O que é o INA? É o Instituto Nacional do Audiovisual. Fica na BNF, exactamente na sala onde a Seaweed gosta de trabalhar. Em geral, está às moscas. Seaweed nunca lá pôs os seus graciosos pés, mas há sempre uma primeira vez...

(To be continued, quando o puto deixar).

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