16 maio 2011

Quando inevitavelmente acontece o evitável

Aqui diz-se a dada altura: «promover a natalidade "é incompatível com a flexibilização do despedimento e com a instabilidade no emprego". "Quem defende esse tipo de medidas está apenas a pensar naquilo que é mais imediato e, sobretudo, nos interesses de um certo patronato. E o futuro do país vai ser uma desgraça»

A verdade é que vamos ser menos, mais pequenos, mais pobres, mais velhos, mais dependentes. Isto é o que os factos nos revelam. São claros, ninguém pode alegar desconhecimento.

Os decisores sabem o que nos espera se seguimos assim, e sabem também o que é necessário para mitigar essa provável realidade futura. Não é inevitável e há tempo para a prevenir. Mas sabemos que nada irá ser feito, as creches não serão criadas, cuidadores não irão ser formados e integrados no sistema, nasceremos menos, morreremos pior; isto para que se poupe o valor de meio TGV. Governa-se para a auto-mitificação, para deixar obra que nada vale ao lado do vale verdadeiramente, as pessoas.

Que tristeza quando inevitavelmente acontecerá o evitável.

Perguntava Jerónimo de Sousa, num destes debates: “o que é mais valioso do que as pessoas!?”

As pessoas? As pessoas são um empecilho…

1 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

A pergunta de Jerónimo de Sousa é pertinentíssima, mas vinda de um defensor dos regimes norte-coreano e cubano, não deixa de ser irónica

16 maio, 2011 00:33  

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