manifs e disparates
Hoje tivemos um atentado na mesquita de al-Askari, uma das mais importantes para os Xiitas. Bem sabemos que o que é sagrado para uns não o é necessariamente para outros. Porém, são sempre locais de culto importantes e respeitados até pelos Kharajitas.
Estou curioso para ver as manifestações por todo o mundo muçulmano contra este acto perpetrado a algo essencial para o Islão (pelo menos para uma parte deste).
Se mais provas fossem necessárias, esta inexistência de acção (para além das habituais vinganças que já decorrem no interior do Iraque) comprova a importância que o “povo” muçulmano realmente dá ao que atenta contra a sua religião.
Os cartoons só foram uma questão religiosa para ao Freitas e à Ana Gomes, que de bom grado sacrificam a nossa liberdade de expressão; uns em nome da sua própria crença religiosa (Freitas), quando deveriam estar mais preocupados em defender princípios que excedem a sua esfera pessoal, e outros (a Dona Gomes) que parecem empenhados no nosso suicídio cultural em nome de valores que só existem no próprio Ocidente (o que não deixa de ser irónico, permitam-me que sublinhe).
São estes valores que, entre outras coisas reconhecidamente mais importantes, deveriam impedir Irving de ser sequer julgado. Devemos poder dizer o que nos dá na telha desde que não seja um incentivo à violência. Porque não posso eu dizer «Nem um só judeu morreu às mãos dos nazis!»?
O que eu não posso dizer é «Vamos matar judeus».
A Áustria parece querer eliminar os erros do passado cometendo outros no presente.
Estou curioso para ver as manifestações por todo o mundo muçulmano contra este acto perpetrado a algo essencial para o Islão (pelo menos para uma parte deste).
Se mais provas fossem necessárias, esta inexistência de acção (para além das habituais vinganças que já decorrem no interior do Iraque) comprova a importância que o “povo” muçulmano realmente dá ao que atenta contra a sua religião.
Os cartoons só foram uma questão religiosa para ao Freitas e à Ana Gomes, que de bom grado sacrificam a nossa liberdade de expressão; uns em nome da sua própria crença religiosa (Freitas), quando deveriam estar mais preocupados em defender princípios que excedem a sua esfera pessoal, e outros (a Dona Gomes) que parecem empenhados no nosso suicídio cultural em nome de valores que só existem no próprio Ocidente (o que não deixa de ser irónico, permitam-me que sublinhe).
São estes valores que, entre outras coisas reconhecidamente mais importantes, deveriam impedir Irving de ser sequer julgado. Devemos poder dizer o que nos dá na telha desde que não seja um incentivo à violência. Porque não posso eu dizer «Nem um só judeu morreu às mãos dos nazis!»?
O que eu não posso dizer é «Vamos matar judeus».
A Áustria parece querer eliminar os erros do passado cometendo outros no presente.
5 Comentários:
Acho que não percebi bem esta frase:
Porque não posso eu dizer «Nem um só judeu morreu às mãos dos nazis!»?
Espero não ter percebido bem esta frase.
Percebeste muito bem. Porque devo eu ser julgado por dizer isso?! Isso é que eu não percebo!
Tenho vontade de sair do blogue. Acho que não deves estar bom da cabeça.
Suponho então que estejas de acordo com as leis que limitam a expressão de cada um. Não te esqueças que a lei austríaca diz que minimizar o holocausto também é punível por lei. I.e., se eu estiver na Áustria e disser que "só" foram mortos 4 milhões de judeus posso ser julgado.
Estou de acordo com uma ética pessoal que nos impede de dizer barbaridades como a acima citada. Se a liberdade de expressão só se pode defender assim, de forma irresponsável, estamos mal.
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