Três equipas atarantadas
Passámos aos quartos. O jogo foi o que se viu; a habitual falta de fair-play dos holandeses e a já costumeira arruaça portuguesa nas grandes competições (vide França 2000 e Coreia 2002).
Ainda assim há que reconhecer que o que começou com uma agressão ao Ronaldo por sancionar correctamente (parece-me evidente a maldade na jogada) foi espoletado a sério com a apatetada exibição do Costinha, uma caricatura de jogador de futebol. É a suprema teimosia do seu compincha Scolari.
O Ivanov nem se comenta. Agora vêm os bifes e eu vou ver o jogo em casa. O problema é a meia-final. Vamos jogar com o Brasil com metade da equipa. Desde que lá esteja o Ricardo Carvalho...
Portugal já cumpriu os mínimos.
9 Comentários:
Eh pá, eu tinha dito que não sabia ainda que pensar da equipa porque ainda não a tinha visto jogar contra uma equipa a sério. Continuo sem saber que pensar, pois o jogo foi demasiado anormal. Mostrou, é verdade, muita garra, o que não é costume. E muito pouca cabeça, como de costume (aquelas expulsões...). Não sou moralista, por isso até acho piada ganhar assim um jogo de nervos e de porrada. E reconheço que, até ao momento, esta equipa tem sido, para os nossos padrões, invulgarmente eficaz (ganhou sempre!). Mas ainda não brilhámos, isto é, não ganhámos bem a uma boa equipa num jogo bom e normal - porque na primeira fase não houve boas equipas; e porque ontem, depois da mão do Costinha, o jogo ficou anormal. Não tivemos culpa de nenhuma das duas coisas, mas, se, com a equipa desfalcada e esgotada, perdermos com a Inglaterra, só se vão lembrar de nós por aquela divertida noite de luta livre ontem. A equipa não fica na história por ter jogado bem contra os bons, como nos Euros de 2000 e de 2004, mas por ter andado à porrada como ninguém. E alguns dos que lá estão merecem melhor que isso.
AM
Eh gajo, o de ontem foi o jogo mais engraçado da história. Parabens, vocês bateram mais forte!
Coitado do Ronaldo, mas agora a comunidade gay vai gostar ainda mais dele depois da sua grande demostração de sensibilidade. É tão bonito quando chora.
No entanto o meu pais jogou o melhor jogo da sua história mas perdeu como sempre. A Argentina nunca foi melhor do que o Mexico, mas com um golo como o do Maxi um não pode dizer nada.
O.
Amigo Mexicano (O.),
Não me leve a mal, mas Portugal já foi assim, como o México, quando jogava sempre muito bem e perdia sempre. No Euro 2000, com Figo e Rui Costa no auge, transformou-se por uns tempos e espantou toda a gente quando começou de repente a ganhar tudo: Inglaterra, Roménia, Alemanha, Turquia, foi tudo à frente!!! Só a França do portento Zidane (a melhor selecção que já vi jogar) nos conseguiu ganhar, com um penalty arrancado a ferros no prolongamento. Logicamente, revoltámo-nos com o resultado e não matámos os franceses, o árbitro e a polícia de choque por um triz. Se antes éramos o México, em 2000 fomos a Argentina da Europa, geniais e selvagens ao mesmo tempo. Hélas, a queda foi rápida... Rui Costa, o próprio Figo e outros entraram depois em declínio e no Mundial de 2002 deitámos a genialidade às malvas e fomos só selvagens. No Euro 2004, as coisas melhoraram outra vez: recuperámos algum do brilhantismo de 2000, fomos à final e, como éramos anfitriões e tínhamos obrigações, puseram-nos o açaime e também nos portámos bem disciplinarmente. Ontem, deu para ver que o açaime voltou a ficar em casa... Não há grande mal nisso se, como os argentinos, se conseguir mostrar também talento. Mas, se perdemos com a Inglaterra, só se vão lembrar de nós por aquele festival de fitas e de pancadaria com os holandeses. Foi um óptimo espectáculo, é verdade, mas não dá para ser outra vez a Argentina da Europa, só o Uruguai...
E pronto, por hoje deixo a América Latina em paz.
Saludos,
AM
No México têm um ditado para a sua selecção:
Jogámos como nunca perdemos como sempre!
Bons velhos tempos para Portugal também.
vais ver o jogo em casa?
Eu?! Então vou ver o jogo contigo em Dublin!
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