Mexicanização, um passo mais além
Ficaram resolvidas na secretaria as eleições presidenciais no México.
Filipe Calderón foi nomeado Presidente do México.
Depois das gentes de López Obrador dizerem que houve fraude, sempre negada pelo PAN, partido do novo presidente do México, houve uma tímida investigação. O suficiente para encontrar dezenas de irregularidades, valendo milhares de votos ao «panista». O PRD, de López Obrador, exigiu uma recontagem dos votos. Os apoiantes clamavam por uma recontagem «voto por voto y casilla por casilla».
Calderón dizia que isso era anti-democrático (!) que ele já tinha ganho e pronto, que não era necessária nenhuma recontagem.
O poder judicial, controlado pela oligarquia mexicana, principal responsável pela profunda assimetria social que se vive no México, viu-se, ainda assim, obrigada a fazer alguma coisa. Decidiu então que se ia recontar 9% dos votos… Nessa recontagem López Obrador recuperou quase um quinto da diferença que tinha para Calderón! O pânico instalou-se na hostes «panistas»! Que era anti-democrática a recontagem! Que Calderón era o presidente! Que etc e etc.
Os supremos magistrados da nação apressaram-se então a atribuir a presidência a Calderón (onde é que eu já vi isto…?). Reconheceram a existência de muitas irregularidades mas defenderam-se dizendo que tinham de o fazer, a bem da união da nação. Ainda que houvesse muito tempo para a recontagem completa e para o esclarecimento total das dúvidas.
Calderón, fazendo pouco de todos os mexicanos, excepto dos 36% que votaram nele, quando recebeu das mãos do juiz o documento oficial que fazia dele o próximo presidente do México, não teve pejo em dizer:
«Gane voto por voto y casilla por casilla».
Sem comentários…
Filipe Calderón foi nomeado Presidente do México.
Depois das gentes de López Obrador dizerem que houve fraude, sempre negada pelo PAN, partido do novo presidente do México, houve uma tímida investigação. O suficiente para encontrar dezenas de irregularidades, valendo milhares de votos ao «panista». O PRD, de López Obrador, exigiu uma recontagem dos votos. Os apoiantes clamavam por uma recontagem «voto por voto y casilla por casilla».
Calderón dizia que isso era anti-democrático (!) que ele já tinha ganho e pronto, que não era necessária nenhuma recontagem.
O poder judicial, controlado pela oligarquia mexicana, principal responsável pela profunda assimetria social que se vive no México, viu-se, ainda assim, obrigada a fazer alguma coisa. Decidiu então que se ia recontar 9% dos votos… Nessa recontagem López Obrador recuperou quase um quinto da diferença que tinha para Calderón! O pânico instalou-se na hostes «panistas»! Que era anti-democrática a recontagem! Que Calderón era o presidente! Que etc e etc.
Os supremos magistrados da nação apressaram-se então a atribuir a presidência a Calderón (onde é que eu já vi isto…?). Reconheceram a existência de muitas irregularidades mas defenderam-se dizendo que tinham de o fazer, a bem da união da nação. Ainda que houvesse muito tempo para a recontagem completa e para o esclarecimento total das dúvidas.
Calderón, fazendo pouco de todos os mexicanos, excepto dos 36% que votaram nele, quando recebeu das mãos do juiz o documento oficial que fazia dele o próximo presidente do México, não teve pejo em dizer:
«Gane voto por voto y casilla por casilla».
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