Ainda sobre os piores portugueses e de quem é a culpa
Uma excelente iniciativa, mas peca por ser pouco analítica. Mistura problemas de longo prazo com outros que exercem uma influência nefasta sobre a geração que vai comandar os destinos do país nos próximos 20 anos – isto é, a faixa etária entre os 30 e os 45 anos. Se nos fixarmos numa perspectiva secular, sem dúvida que a culpa é da mãe do D.Sebastião. Este ponto já foi realçado pela iniciativa do Inimigo Público. Contudo, numa abordagem de curto prazo sobressai, inequivocamente, os desenhos animados do Marco que levou toda uma geração (a dos tais 30-45) a suspirar no divã do psicanalista pela mãe, a ter uma tendência para o maníaco-depressivo e, por último, a ter fobia de macacos. Não me parece um acaso o surgimento do macaco Adriano – também mencionado pelo Inimigo Público – na televisão portuguesa no princípio dos anos 90. Foi uma inversão, uma necessidade sentida de expulsar da memória colectiva, através de um processo de “carnavalização”, uma sombra que nos perseguia.
6 Comentários:
Eu acho que a culpa não é do D. Sebastião. Se, como diz o Inimigo Público, "de um país que espera ser salvo por um George Michael, não há muito a esperar", a culpa é do país e não do gajo.
Aliás, e volto a citar o Inimigo Público, "reis como D. Sebastião e D. João V afundaram Portugal precisamente por terem tantas semelhanças com o português médio como a Isabel Ruth tem cin a Charlize Theron".
«Agradecemos a todos aqueles que integrarem a lista que não votem noutras pessoas. O que provavelmente farão, de qualquer maneira.
Afinal de contas, se tivessem um mínimo de ética e vergonha na cara, não constariam da mesma»
LOL
Primeiro pensei em votar no Daniel Oliveira, o maior cretino vivo em Portugal (o Valentim e o Jardim, como experiências genéticas de uma qualquer raça alienígena com péssimo sentido de humor, não contam), mas isso, obviamente, peca pela ausência de distância histórica.
Assim como assim, fico-me pelo Afonso Henriques. Reparem que é uma opção que corre o risco de ser unânime; para quem venera a ditosa pátria é o seu fundador, para quem a vitupera é o culpado por, para o português do «cá vamos andando» (95% das gentes lusitanas) tudo lhe é absolutamente indiferente.
E não se esqueçam que vem aí o referendo do aborto. Novas, talentosas e prometedoras bestas podem aparecer.
Queria dizer unânime quanto a ser «o» português.
Confundes o homem com a ideia. A ideia encaixou numa predisposição genética e factores estruturais. De resto, a culpa é sempre da mãe.
BB
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