Eureka!

Foi finalmente encontrada a solução que porá termo ao choque entre o Ocidente e o Islão. A receita é de uma impressionante simplicidade: segundo o nosso presciente ministro dos Negócios Estrangeiros, a resolução do conflito passa pela realização de um campeonato de futebol que oponha os históricos rivais. A humanidade, atónita, pergunta-se: "como é que ninguém se lembrou disto antes?" Se, a título de exemplo, Churchill tivesse tido tão luminosa ideia, convidando Hitler e o seu estado-maior para uma "peladinha" nos jardins de Chartwell, é lícito supor que milhões de vidas teriam sido poupadas. Infelizmente, nem um político com a estatura de Sir Winston conseguiu atingir a genialidade no nosso estimado Prof. Freitas.
Mas a iniciativa do ministro terá ainda como objectivo, arrisco-me a pensá-lo, dar a Portugal uma posição preponderante na cena mundial. Com efeito, dada a larga experiência do país na realização de eventos futebolísticos e a quantidade imensa de estádios sem utilidade alguma que possui, será o anfitrião perfeito para tão relevante acontecimento.
Quanto ao ilustre inquilino do Palácio das Necessidades, penso que não devia desperdiçar as suas superlativas qualidades num país tão pequeno, devendo colocá-las ao serviço da humanidade. Para tal, torna-se imperioso que se candidate a Secretário-Geral das Nações Unidas. Com propostas deste calibre e a sua peculiar visão da política internacional, o cargo assentar-lhe-á como uma luva.