Ainda as eleições.
Um espectáculo muito interessante, sem dúvida o mais interessante de sempre (e já me aconteceu acompanhar eleições noutros - vários - países)!
O que se viu foi o Nicolas Sarzkozy a fazer um grande discurso, como é aliás seu hábito. Hoje, de mangas arregaçadas a entrar na sua sede de campanha, era a imagem do candidato decidido e dinâmico. A Ségolène esteve à espera: foi a última a falar (depois de Sarkoky, depois de Bayrou), enquanto os "dinossauros" socialistas, a começar pelo Fabius, demonstravam mais uma vez o estado moribundo do partido socialista francês. Detestando abertamente a candidata oficial, e sofrendo ainda de uma embaraçosamente visível dor de cotovelo, Fabius explicava ontem em directo que as pessoas que votaram no Partido Socialista votaram sobretudo contra Sarkozy... Pouco importa a Ségolène, pouco importa o (eventual) projecto do PS. Tenso e apreensivo, o François Hollande não sabia o que dizer. Ségolène Royal teve - e tem - dois combates a travar, um deles dentro do seu próprio partido, que não soube, como a UMP de Sarkozy, controlar a vertigem de ambições tacanhas que agora se auto-destrói em directo.
Depois há o Bayrou, que com 18% dos votos é agora o "árbitro" das presidenciais. Que fará Bayrou? E, mais importante, que farão os seus eleitores? Ninguém sabe, e o Bayrou aproveita. Se disto vai nascer uma "terceira" via francesa também ninguém sabe. O que é certo é que os tempos mudaram.
Com uma das votações mais baixas de sempre (mas ainda com 10% do eleitorado), o "insucesso" de Le Pen é discutível. Tal como o próprio candidato não se cansa de repetir, esta campanha foi, de facto, centrada em torno de muitas das suas propostas. Nos últimos dias, nem Sarkozy nem os seus conselheiros pessoais, escondiam que queriam recuperar os eleitores do Front National. Conseguiram - e Le Pen sabe-o. O seu novo inimigo tem um nome e uma cara: Nicolas Sarkozy, o homem que "legitimou" muitas das suas ideias. Como um Ministério da Identidade Nacional. À suivre ...
O que se viu foi o Nicolas Sarzkozy a fazer um grande discurso, como é aliás seu hábito. Hoje, de mangas arregaçadas a entrar na sua sede de campanha, era a imagem do candidato decidido e dinâmico. A Ségolène esteve à espera: foi a última a falar (depois de Sarkoky, depois de Bayrou), enquanto os "dinossauros" socialistas, a começar pelo Fabius, demonstravam mais uma vez o estado moribundo do partido socialista francês. Detestando abertamente a candidata oficial, e sofrendo ainda de uma embaraçosamente visível dor de cotovelo, Fabius explicava ontem em directo que as pessoas que votaram no Partido Socialista votaram sobretudo contra Sarkozy... Pouco importa a Ségolène, pouco importa o (eventual) projecto do PS. Tenso e apreensivo, o François Hollande não sabia o que dizer. Ségolène Royal teve - e tem - dois combates a travar, um deles dentro do seu próprio partido, que não soube, como a UMP de Sarkozy, controlar a vertigem de ambições tacanhas que agora se auto-destrói em directo.
Depois há o Bayrou, que com 18% dos votos é agora o "árbitro" das presidenciais. Que fará Bayrou? E, mais importante, que farão os seus eleitores? Ninguém sabe, e o Bayrou aproveita. Se disto vai nascer uma "terceira" via francesa também ninguém sabe. O que é certo é que os tempos mudaram.
Com uma das votações mais baixas de sempre (mas ainda com 10% do eleitorado), o "insucesso" de Le Pen é discutível. Tal como o próprio candidato não se cansa de repetir, esta campanha foi, de facto, centrada em torno de muitas das suas propostas. Nos últimos dias, nem Sarkozy nem os seus conselheiros pessoais, escondiam que queriam recuperar os eleitores do Front National. Conseguiram - e Le Pen sabe-o. O seu novo inimigo tem um nome e uma cara: Nicolas Sarkozy, o homem que "legitimou" muitas das suas ideias. Como um Ministério da Identidade Nacional. À suivre ...
3 Comentários:
Será que o Bayrou pode apoiar a Ségolène? Ele no parlamento é aliado do Sarkozy...
Mas sim, mesmo que não venha aí a VI República as coisas não ficar iguais, o que é mais do que se pode dizer da maioria das eleições dos nossos dias.
Claro que muito mais do que pensamos vai ficar exactamente na mesma mas a verdade é que a França misógena vai ter de escolher entre um presidente anglófilo ou uma mulher, qual deles o maior sapo a engolir.
E claro, uma abstenção de 14% é formidável!
Não me parece que "anglófilo" seja o melhor adjectivo para descrever o Sarkozy. Quanto muito "blairófilo" - o que não é, DE LONGE, a mesma coisa.
(A propósito, o Sarkozy também confessava no passado inspirar-se no Aznar. Hum...)
O rapaz também se dá bem com o Bush e louva as reformas feitas pela dama da década de 80. O Blair não é o único anglo que tem no coração :-)
Essa do Aznar não sabia...
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