Elites? Clara d'Ovo reaccionária.
Excelentes, as notícias vindas a Público (passe o trocadilho) a propósito do (suposto) blogue de Luís Filipe Menezes, que afinal é escrito por assessores de comunicação que de tão ocupados (e, certamente, que de tão estúpidos) plagiam textos ...
Dado que o Menezes é tido como o espanta "elites" do PSD, não é preciso ser muito esperto para perceber onde quiseram chegar os seus assessores de comunicação. O blogue discute tudo, desde o centenário do Torga aos "monstros sagrados" Antonioni e Bergman ("monstros sagrados"? péssima e coçada metáfora), atribuindo títulos de Alçada Baptista (Os Nós e os Laços) ou de Alain Resnais (Hiroshima, meu Amor) a alguns postes. O Luís Filipe Menezes imaginário até se lembrou do aniversário da morte do Jim Morrison ... e do Blade Runner! Fantástico! O gajo é cinéfilo e se eu fosse militante do PSD votava nele!
Portugal tem coisas boas, sobretudo no que diz respeito às "elites": facilmente se conhece um juíz ou um médico cujos pais são analfabetos. Isso é bom: significa que a mobilidade social existe. Até o Miguel Torga era filho de "gente humilde", como diz o artigo da Wikipedia plagiado pelo blogue. O que me conduz ao caso das "elites intelectuais", que não sendo tão maleáveis quanto as outras são, em Portugal, menos fechadas - ou determinadas pela origem social - do que se pensa. Secalhar o problema foi - e a resposta vai passar por reaccionária - que a entrada nas "elites intelectuais" ainda não se compra com um blogue enciclopédico, mesmo que os DVDS do Bergman saiam descontados com o jornal de Domingo. Porque o blogue do Luís Filipe Menezes é como aquelas estantes de livros onde uma enciclopédia encadernada é a única coisa que faz companhia aos bibelots.
Dado que o Menezes é tido como o espanta "elites" do PSD, não é preciso ser muito esperto para perceber onde quiseram chegar os seus assessores de comunicação. O blogue discute tudo, desde o centenário do Torga aos "monstros sagrados" Antonioni e Bergman ("monstros sagrados"? péssima e coçada metáfora), atribuindo títulos de Alçada Baptista (Os Nós e os Laços) ou de Alain Resnais (Hiroshima, meu Amor) a alguns postes. O Luís Filipe Menezes imaginário até se lembrou do aniversário da morte do Jim Morrison ... e do Blade Runner! Fantástico! O gajo é cinéfilo e se eu fosse militante do PSD votava nele!
Portugal tem coisas boas, sobretudo no que diz respeito às "elites": facilmente se conhece um juíz ou um médico cujos pais são analfabetos. Isso é bom: significa que a mobilidade social existe. Até o Miguel Torga era filho de "gente humilde", como diz o artigo da Wikipedia plagiado pelo blogue. O que me conduz ao caso das "elites intelectuais", que não sendo tão maleáveis quanto as outras são, em Portugal, menos fechadas - ou determinadas pela origem social - do que se pensa. Secalhar o problema foi - e a resposta vai passar por reaccionária - que a entrada nas "elites intelectuais" ainda não se compra com um blogue enciclopédico, mesmo que os DVDS do Bergman saiam descontados com o jornal de Domingo. Porque o blogue do Luís Filipe Menezes é como aquelas estantes de livros onde uma enciclopédia encadernada é a única coisa que faz companhia aos bibelots.
5 Comentários:
Este comentário foi removido pelo autor.
Não raras vezes a enciclopédia era apenas uma capa oca, que se vendia à peça nas lojas de móveis. Era em si mais um bibelô. E o blogue referido parece ser desse tipo de enciclopédias.
Todo o blogue parece absurdo, mantido seguramente por um filho de um amigo. Rapazola dos seus 23 anos que acabou o curso de jornalismo na Fernando Pessoa, cuja leitura se resume à «A Bola», que escreve «musteiro» (o copy-paste evitou os erros ortográficos) e que, como assessor, deverá ganhar os seus 3000 euros.
Julgar-se-á uma pessoa muito importante, parte integrante de uma elite económica que desconhece o mais elementar da cultura burguesa, quanto mais da «elitista».
As aparências intelectuais são importantes para esta gente, habituada a viver num país onde as pessoas têm pudor em gritar que «o rei vai nu».
A um primeiro-ministro que falsifica o curso (meio automático de atingir a respeitabilidade formal) é natural que se queira opor um médico que plagia sem talento pensamentos alheios.
Desconhece que o assessor desconhece sobre o que fala o seu próprio blogue.
E eu que me julgava o reaccionário do blogue...
Sir H.
Oh Radagast, para quem escreve animado por uma indignação tão nobre, o teu comentário parece um pouco salpicado pelo baixo sentimento da inveja. "Filho de um amigo" (sacana...)? "Assessor a ganhar 3000 euros por mês" (o cabrão!!!)? A usar esse tom, só falta queixares-te que esse filho da puta comeu mais gajas que tu.
AM
sabes quem é o gajo? comeu?
r.
P.S. Não tenho problema com os filhos dos amigos ganharem balúrdios, desde que sejam pelo menos medianos. Não gosto é dos que não sabem o que fazem e escrevem «musteiro». A esses partiria as rótulas com um taco de basebol cravejado de pregos...se o sangue não me fizesse impressão.
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