21 junho 2008

Continuity and Tradition II



Este casamento faz as delícias de qualquer conservador empedernido. Felicidades aos noivos!

7 Comentários:

Blogger Dr Dude disse...

Têm cara de palhaços endinheirados, ou seja, gente de direita, mas não faço a mínima ideia de quem sejam.

22 junho, 2008 20:43  
Anonymous Anónimo disse...

Julguei que os preconceitos fossem monopólio dos palhaços da direita, mesmo dos não endinheirados, como eu, mas já percebi que estou errado, o que não é surpreendente, diga-se, pois só a direita se engana.

Sir H.

23 junho, 2008 00:57  
Anonymous Anónimo disse...

A título de esclarecimento, os "palhaços" da foto não são o Croquete e o Batatinha, mas sim Diana Mariana Vitória, Duquesa de Cadaval, e Charles Philippe d' Orléans, Duque d' Anjou.

Sir H.

23 junho, 2008 01:03  
Anonymous Anónimo disse...

Ah, sim, gente muito importante... diga-se que nem em França (onde o "Duque" é conhecido pelas suas fraudes) nem em nenhum outro país o casamento foi notícia. E ela, enfim, tem pinta de futura Lili Caneças, por isso acho que não vou acompanhar as suas andanças de perto. Concluindo: são mesmo o croquete e a batatinha, embora com mais uns nomes pomposos pelo meio...

Dude

25 junho, 2008 10:23  
Anonymous Anónimo disse...

Não interessa se são ou não importantes. Não serão, porém, menos importantes que o casal de lésbicas a quem o Radagast desejou há dias felicidades e cujo post não foi comentado, nem sequer por mim, pelo simples facto que respeito todas as opções de vida.
Já que dois membros de velhas famílias, ainda por cima - supremo escândalo - um homem e uma mulher, se unam pelo matrimónio católico - que horror! - é alvo de crítica e de chacota. Em suma, e retomando o que disse no primeiro comentário, o preconceituoso não sou eu.

Sir H.

26 junho, 2008 00:44  
Blogger Dr Dude disse...

Ed, man, acho que estás a misturar algumas coisas... a minha chacota não se deve ao facto de casarem um homem e uma mulher, nem de o fazerem pela igreja, nem ainda de o fazerem convidando meio mundo (já me informei, como podes ver)... o que acho triste, isso sim, é a importância que se parece atribuir ao acto pelo facto de o senhor e a senhora serem de "famílias antigas", ao que tudo indica sem consideração pelas qualidades dos dois indivíduos enquanto tais. O que é fazem o Duque e a Duquesa na vida? Tens ideia? E porque é que eu hei-de celebrar com eles - e contigo - quando, nitidamente, o que aí se celebra é um modelo de sociedade moralmente ultrapassado, onde uns nasciam privilegiados e outros condenados a labutar em condições de subalternidade económica e legal até ao fim dos seus dias (algo que continua, pelos vistos, a seduzir as elites portuguesas)? Como pode o glamour cínico de um evento destes enfeitiçar alguém que conheça um mínimo da história do país? O que é que o modelo de sociedade de estados (sobre o qual assenta a ideia de que pode existir uma "nobreza") aportou, nos últimos cem ou duzentos anos, ao bem-estar da população portuguesa, e ao progresso do país?
Na minha perspectiva, o casal lésbico do Condes é comparável ao dos duques no sentido em que o que se celebra não é tanto o amor de dois indivíduos, mas sim um modelo de sociedade. Agora, que o modelo celebrado no caso das duas senhoras é mais propício à mudança, à tolerância da diferença, ao questionamento de modelos enviesados que não nos levam a lado nenhum, disso continuo convencido.

27 junho, 2008 00:04  
Anonymous Anónimo disse...

Pois a nossa divergência reside exactamente no facto de teres uma visão essencialmente negativa do passado. A sociedade de Antigo Regime não pode ser reduzida à opressão e, quanto às desigualdades, elas aprofundam-se a olhos vistos nos dias de hoje, não são um exclusivo da sociedade de ordens. Considero que há valores, tradições e costumes que devem ser preservados, com bom senso, naturalmente. É necessária uma "choice of inheritance" como dizia Burke. Ora, este casamento representa a continuidade de duas casas que, mal ou bem, têm, ao longo dos séculos, servido os seus países e, porque sou conservador - facto por que não tenho que pedir desculpas - sou sensível a este casamento que une e perpetua duas famílias históricas. Valorizo o passado, pois considero que nós somos também o que fomos. Não tens que celebrar com eles, mas surpreende-me a virulência da tua reacção à minha celebração.

Sir H.

27 junho, 2008 12:35  

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