12 outubro 2008

Interesses "camuflados"

Não me tendo dedicado a pensar sobre o assunto com profundidade, revejo-me nas palavras de Ana Vicente, do movimento Nós Somos a Igreja, sobre a questão da adopção de crianças por casais homossexuais:


A adopção deverá ser sempre o encontro de uma família, constituída por uma ou mais pessoas, que tenha condições emocionais para acolher e acompanhar o desenvolvimento de uma ou mais crianças, ou seja, a qualidade humana dessas pessoas é o que deve prevalecer e não a sua orientação sexual.


Parece-me uma posição sensata, mesmo admitindo outras. Porém, negar à partida esta possibilidade (isto não é dizer que a defendo) é colocar os preconceitos individuais de cada um à frente dos interesses das crianças. Sendo, para estas pessoas, o bem-estar da criança tão secundário (camuflado numa cínica boa-vontade) dificilmente a sua opinião deveria ser considerada relevante numa apreciação séria deste tema.


Tal como a opinião dos taxistas sobre os negros, ainda que merecendo a preocupação de todos nós, não deve ser considerada válida numa discussão sobre as minorias étnicas

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