Iguais a nós próprios
A própria ideia de alguém se divertir infligindo um sofrimento cruel, sanguinário e desnecessário num outro ser vivo soa-me tão aberrante que me parece surreal poder ser considerada digna de uma defesa racional.
É típico do profundo egoísmo que caracteriza o ser humano catalogar o sofrimento que se provoca nos animais, noutros contextos, como um mal necessário (ou só necessário). É fruto desse pensamento que se estabelecem as tais razões fortes e as fracas referidas por AM. Claro que por mais razões que sejam lançadas à nossa consciência o facto em si não desaparece.
É certo que sempre comemos animais, mas a dada altura já não nos contentámos com isso e criámos um mecanismo que os «coisifica», que os torna mais um produto e, como tal, indigno de consideração. Assim, do nascimento ao nosso prato, os animais passam por sofrimentos cruéis claramente evitáveis.
Já a defesa das experiências científicas assenta em dois pilares:
(a) Deus colocou-os cá para nos servirmos deles a nosso bel-prazer.
(b) Simplesmente consideramo-nos superiores, manifestação clara do nosso especismo; um sentimento em tudo similar ao que «legitimou» as experiências médicas nazis ou a escravidão.
A história repete-se constantemente. A pessoa que se diverte a espetar farpas em criaturas «inferiores» é a mesma que matava cristãos em Roma, quem assiste deleitado fá-lo motivado pelo mesmo gosto de quem assistia aos espectáculos no coliseu.
O que separa um cavaleiro tauromáquico de um lacaio de Hitler ou Pol Pot é a circunstância. O gosto pelo sangue e pelo poder cobarde de infligir sofrimento a outra criatura já lá está.
É típico do profundo egoísmo que caracteriza o ser humano catalogar o sofrimento que se provoca nos animais, noutros contextos, como um mal necessário (ou só necessário). É fruto desse pensamento que se estabelecem as tais razões fortes e as fracas referidas por AM. Claro que por mais razões que sejam lançadas à nossa consciência o facto em si não desaparece.
É certo que sempre comemos animais, mas a dada altura já não nos contentámos com isso e criámos um mecanismo que os «coisifica», que os torna mais um produto e, como tal, indigno de consideração. Assim, do nascimento ao nosso prato, os animais passam por sofrimentos cruéis claramente evitáveis.
Já a defesa das experiências científicas assenta em dois pilares:
(a) Deus colocou-os cá para nos servirmos deles a nosso bel-prazer.
(b) Simplesmente consideramo-nos superiores, manifestação clara do nosso especismo; um sentimento em tudo similar ao que «legitimou» as experiências médicas nazis ou a escravidão.
A história repete-se constantemente. A pessoa que se diverte a espetar farpas em criaturas «inferiores» é a mesma que matava cristãos em Roma, quem assiste deleitado fá-lo motivado pelo mesmo gosto de quem assistia aos espectáculos no coliseu.
O que separa um cavaleiro tauromáquico de um lacaio de Hitler ou Pol Pot é a circunstância. O gosto pelo sangue e pelo poder cobarde de infligir sofrimento a outra criatura já lá está.
3 Comentários:
"O que separa um cavaleiro tauromáquico de um lacaio de Hitler ou Pol Pot é a circunstância."
O Radagast é o fundador de uma escola filosófica cujo lema é: "É tudo a mesma merda."
Finalmente alguém que me entende...
Por considerar o post de uma leviandade absurda e ofensiva, não faço quaisquer comentários. Não podias insultar mais a tua inteligência, caro Radagast.
Sir H.
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