Luigi.
Ghirri.
Uma vez que estão sempre aqui a falar de teses (bah...), eu acho que não se faz uma sem se estar (profundamente) apaixonado (pelo seu objecto)*.
Hoje em vez de passar mais um dia à procura do enigmático Filippo, a folhear revistas italianas dos anos trinta, recheadas de fotografias do Mussolini (vestido de mineiro, de aviador, etc.) e, inevitavelmente, a pensar no Salazar (ditador asténico e enfadonho) resolvi concentrar-me no Luigi. Que é um dos melhores fotógrafos italianos de sempre.
Que mudança! Entre o amor (já) tépido "ele-é-só-promessas" pelo fascista maneta que se pendurava de aviões para tirar fotografias presumivelmente tão esquisitas que ninguém se lembrou de as guardar, e o (re-) apaixonar-me pelo Ghirri, pelas suas cores anos setenta, as suas geografias imaginárias, os seus perfis de nuvens, os seus fabricantes de universos, as suas paisagens: que mudança! Foi como se o visse ainda pela primeira vez. Pela primeiríssima e única irrepetível e inesquecível vez.
* O melhor exemplo é um certo amante de Hemingway que reside actualmente na Mouraria. Radagast a discutir facas de obsidiana ilustra também esta teoria.
2 Comentários:
A teoria é verdadeira, sem dúvida. Ando sempre por aí a acender rastilhos a ver se consigo provocar revoluções. Aliás, esta nova polémica do "passeio fardado" (amanhã/hoje, quinta-feira) que tanta discussão tem causado nas últimas horas, foi por mim instigado. Aquilo talvez dê num golpe militar e logo a seguir, zás!, numa revolução. Quem sabe? Estarei à espreita para ver se tenho mais um caso para os meus estudos.
Ou de «criar» um caso para estudo ;-)
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