25 abril 2007

Ainda aquele cartaz.

Leio no Público o seguinte:

A PSP está a proteger o cartaz do PNR no Marquês de Pombal, na sequência de actos de vandalismo de jovens durante o desfile das comemorações da Revolução do 25 de Abril. Havia pequenas escaramuças com jovens, alguns dos quais do movimento juvenil XXXXX, próximo do XXXX. Junto ao local estava parada uma carrinha da polícia de choque. Os jovens estavam a atirar tomates e outros alimentos que conspurcavam o cartaz.

Não me lembro NUNCA de ter visto a PSP a proteger cartazes de "actos de vandalismo". Nem de ver a PSP a proteger as paredes de Lisboa contra "actos de vandalismo", ou os assentos do autocarro contra "actos de vandalismo", ou as portas das casas-de-banho públicas (em particular nas universidades) contra "actos de vandalismo". Deve ser porque é 25 de Abril e, como alguns têm repetido, o cartaz do PNR faça parte da vida democrática. É verdade, faz. Ainda que, claro, o mesmo cartaz do PNR ponha em causa o tal nº 4 do artigo 47 que o PNR gostaria de ver abolido da Constituição Portuguesa (e tem-no dito publicamente):

“Não são consentidas associações armadas nem de tipo militar, militarizadas ou paramilitares, nem organizações racistas ou que perfilhem a ideologia fascista.”

Já sei que a letra da lei é larga e que a ideologia do cartaz está aberta a interpretações. "Façam boa viagem", por exemplo, até é simpático. Conclusão: 33 anos depois, foi-se já o direiro de atirar tomates...

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