28 abril 2011

Meerkat Business

Aos noivos, os meus mais sinceros pêsamos por tudo o que lhes vai acontecer amanhã. Curiosamente, até agora não encontrei uma única pessoa que me confessasse querer ver o casamento. Mas as ruas estão desérticas, e cheira-me que amanhã ninguém vai escapar ao evento. Ninguém mesmo:

16 abril 2011

Monkey Business 2 (cheeky monkey...).



Alfred Kubin, One for all, 1901-02.

Monkey Business 1.



Gabriel Cornelius von Max, Monkeys as Judges of Art, 1889.

13 abril 2011

Suave Metamorfose

09 abril 2011

Nós e a crise


Parece que estamos a oscilar entre estes dois estados de alma, não?

08 abril 2011

O Alcoviteiro já se demitiu

Isto é, Sócrates demitiu-se. Não foi foi por isto.

O primeiro a falar sobre o que se disse no Conselho de Estado foi o demissionário PM, quando disse que não se tinha falado sobre o que se falou. Reparem que ele poderia ter optado por dizer que não comentava o que se discutia no Conselho de Estado; mas não, optou por comentar mentindo. Se alguém abriu a indiscrição foi o Socrátes. Isto é um facto, não é uma opinião.

Estou muito longe da área política do Bagão Félix (ainda que não da clubística), mas se aqui há alcoviteiro é o PM.

Achar que alguém se deve demitir por desmentir o Socrátes quando este mente revela um fervor verdadeiramente religioso.

03 abril 2011

O interior que ainda existe

Há umas semanas visitamos o interior de Portugal por uns dias.


Andamos por terras beirãs, por montanhas e planaltos que séculos atrás permitiam a comunicação norte-sul. A raia portuguesa tinha uma grande importância nas comunicações internas do reino. Embora a política do nosso governo seja hoje acabar com a presença humana entre a Serra da Estrela e a fronteira espanhola, ainda vimos por lá alguns resistentes, que nos deram guarida e comida.


A Torre estava interessantemente gelada, mas foi em quase terra de nenhures que nos divertimos mais.




Em Belmonte descobrimos uma vila dinâmica, que luta contra tudo o que o estado português lhe atira. O seu sistema museológico municipal é verdadeiramente surpreendente. Um museu judaico, o panteão dos Cabrais, o ecomuseu do Zêzere, o Museu do Azeite, e o museu dos descobrimentos (este dos mais esclarecidos e interessantes que tenho visto), para além do castelo propriamente do dito, encheram-nos as medidas.


Se o governo não tivesse diminuído os comboios, acabado com os centros de atendimento médico, encerrado metade das escolas, terminado com a maternidade local, e se preparasse para introduzir portagem na auto-estrada que a serve, poderia ser uma vila com alguma qualidade de vida. Deus livre o governo de criar condições para as pessoas viverem no interior. Desde Alcochete que sabemos do seu interesse por desertos.



Mas, passando à frente, ainda tivemos ocasião de visitar Centum Cellas, um edifício romano fora de tudo o que alguma vez vi em Portugal. Um ícone local, possivelmente um antigo entreposto militar. À luz do fusco-fusco, num ermo cruzeiro de estradas, muitas interessantes trocas terão aqui tido lugar.


Já de corrida, no regresso a Lisboa, ainda tivemos ocasião de visitar a aldeia mais portuguesa de Portugal, uma Monsanto erguida num cabeço cheio de ruelas enoveladas, de uma rudeza quase transmontana e que nos deixou água na boca para uma visita futura.