26 setembro 2007

À Porto

O Benfica ganhou assim e preferia que tivesse sido eliminado. Só os fanáticos e os portistas (com perdão do pleonasmo) é que se sentem bem a ganhar deste modo.

Higienes

Este país tem montes de vantagens. Desconfio que daqui a uns parcos mesitos vou estar a carpir mágoas de saudades pensando nelas. Porém, e é um significativo porém, esta gente não prima pela higiene pessoal. É famoso nos meios latinos manchunianos a badalhoquice pegada em que eles vivem, e o costume exótico de não lavarem as mãos depois de virem da casinha. Podem dizer o que quiserem, que em Portugal os hábitos de higiene não são universais, que o cheiro a catinga é a droga matinal de muitos e que os dentes se lavam de dois em dois anos (no dia em que se vai ao dentista). Agora, os bifes, em geral (e aviso quanto aos perigos da generalização), assumidamente não gostam de se lavar, independentemente da classe social e económica, grupo etário ou clube de futebol.

Ora, no sábado fui ver o Stoke City - Plymouth Argyle (a inveja do AM) e pude sustentar esta minha ideia (certeza). Enquanto usufruia das instalações sanitárias do Britannia Stadium reparei nos magotes de gente a sair sem lavar as mãos. Era intervalo e a corrida à cerveja é o melhor atenuante que se lhes pode encontrar. Depois de me dar conta disso resolvi começar a contar (i.e. o número que apresento é, na realidade, maior); e contei onze - 11 - tipos que, de seguida, saíram sem lavar as extremidades dos membros superiores.

E pensei em todas a pessoas que tenho saudado estes anos com um firme "passou-bem"...

25 setembro 2007

Se eu fosse militante do PSD...


... estaria assim

Iran has no homosexuals

Nem isso, nem mulheres. Só homens e umas coisas que andam tapadas. "Mulheres" é um fenómemo ocidental.

23 setembro 2007

Iconoclastias

21 setembro 2007

Piety and passion were in great supply

The world was a dark and depressing place in those days. There were people everywhere. Most of those people considered most of the other people something less than people. All the people wanted all the other people the hell out of their country.

Everybody believed in Someone or Something and whatever anybody believed, they believed it completely. Their belief in their belief was unbelievable. They had complete faith in their faith. The only thing they doubted was doubt itself.

There were two things, however, that everyone believed, no matter what they believed: Whatever they believed was unbelievably right, and what everybody else believed was unbelievably wrong.

Piety and passion were in great supply. Homelands were not.

Arm dealers had never been busier.

It was a dark and depressing place

Beware of God, Shalom Auslander

19 setembro 2007

Adoramos ser pequeninos

É por isso, C d'O, que não recebemos o Dalai Lama como merece e acolhemos o Putin como um rei. Quando alguém nos dá a oportunidade de reforçar a nossa tacanhez não a desaproveitamos.

18 setembro 2007

The Witches of Wall Street

C d'O consternada.

Consternada, confirmo no site do Expresso que a Maria José Nogueira Pinto disse mesmo que votou no Salazar. Ou seja, não só participou naquele concurso abjecto, como votou no senhor que não a deixaria ir ao Brasil, à Tunísia e à Turquia (locais onde passou férias este ano) se não tivesse uma autorização do marido.

Descubra as diferenças.

Angela Merkel recebe o Dalai Lama, José Sócrates e Cavaco Silva, não.

16 setembro 2007

California, here I go!!!

Following on Dr Dude's tiny footsteps!!!

Segundo uma notícia do jornal Le Monde, lulas de dois metros instalaram-se não muito longe das praias californianas, sendo provável que daqui a uns anos os banhistas - entre as quais Clara d'Ovo versão Bay Watcher - tenham de partilhar as águas com elas.

I am like totally pysched about this, dudes! It totally rocks!

Os 10 lugares mais poluídos do mundo.

Estão aqui e dão que pensar. E as fotografias de Tchernobyl são aquelas que nunca são mostradas.

14 setembro 2007

O mundo na ponta da língua

A vossa sorte é que eu não canto

13 setembro 2007

Back home

12 setembro 2007

Estes cocos são tramados!

«Há 16 vezes mais probabilidade de se ser atingido por um raio do que ser mordido por um tubarão e morrem mais pessoas no mundo devido à queda de cocos do que as que são mordidas por estes peixes. »
in Publico

11 setembro 2007

O primeiro Gato Fedorento

vale sempre a pena recordar.

10 setembro 2007

Mas entre nós há quem se alimente deste medo

Esta é uma cópia descarada do artigo do Rui Tavares hoje no Público:

Segundo um outro estudo, do Center for American Progress, os ataques terroristas no mundo diminuíram entre o 11 de Setembro e a Guerra do Iraque, quando a invasão do Afeganistão destruiu os campos da Al-Qaeda. Mas após a Guerra do Iraque o mundo ficou mais perigoso. Mesmo excluindo atentados no próprio Iraque e no Afeganistão, os ataques terroristas ocorridos anualmente no resto do mundo tiveram um aumento de 35 por cento, nos quais se incluem os atentados de Londres e Madrid (se contarmos com Iraque e Afeganistão, o aumento é de uns aterradores seiscentos por cento).Seis anos depois do 11 de Setembro, os recentes sucessos das polícias europeias no desmantelamento de células terroristas deixam-nos pensar como poderíamos estar mais seguros se a resposta ao terrorismo fosse essencialmente policial, como foi tantas vezes defendido em todo o mundo. Graças à irresponsabilidade de Bush e dos seus apoiantes na Guerra do Iraque estamos ainda presos neste pesadelo.

Embora eu ache que irresponsável não seja bem o termo. Ou pelo menos o único.

08 setembro 2007

Post pedante

07 setembro 2007

Persona non grata

Guerra Civil?

Aos poucos as coisas vão-se tornando insustentáveis. A sensação de que há uma quinta coluna fortemente implantada neste país está cada vez mais presente e isso nota-se no dia a dia. Nota-se na forma como se insulta quem bebe em público, como se mata cada vez mais (e não menos) mulheres e raparigas por supostos crimes de honra ou como os cânticos de Natal são proibidos em certas escolas para não ofender as outras culturas (a mesma razão pela qual algumas empresas já não têm Christmas Do mas sim Season Do). A falta de respeito próprio, a menorização da nossa maneira de vida, que aceitamos cabisbaixos (bolas, até pareço o Bush), e a tolerância pelos ataques à nossa liberdade individual não são inconsequentes. Pergunto-me o que mais faltará.

Camarada Jerónimo, o seu coração é d'ouro!

Quanto às FARC, não me choca que as pessoas em relação aos reféns das FARC tenham uma posição solidária.
Hoje no Público

Ainda as margens

A esquerda portuguesa segundo a Grande Loja do Queijo Limiano.

05 setembro 2007

Ibéria.

O Saramago lembrou-se voltar a falar na união ibérica, o Presidente da República comentou, o Público noticiou e os leitores comentaram. Vale a pena ler a prosa inspirada destes últimos, porque as observações são de partir a rir (em geral os comentários do Público dão-me vontade de chorar) : vão desde "o prémio nobel devia ter ido para o Lobo Antunes" ao "ele casou-se com uma espanhola" e- supresa!- a independência dos Açores. A independência dos Açores? Então não era da Madeira que nos queríamos ver livres? Nunca tinha pensado nisso e um segundo de ponderação mais tarde, sei já que é uma ideia absurda. E é essa absurdidade, como diria o Radagast, que me consola: ainda devo ser portuguesa, o que aos olhos de muitos leitores do Público não é uma evidência (mais uma Radagastiada)... "Pisguei-me" há oito anos e apesar de votar (uma chatice que o escriba médio dos comentários do Público gosta de evitar indo à praia, mesmo no Inverno), estou "casada" com um estrangeiro. Horror! Felizmente, caro escriba, não é espanhol... Valha-nos isso!

04 setembro 2007

Conversas parvas - os livros e a esquerda

Ser de esquerda (ou Esquerda) e ler livros são sinónimos de boa e interessante pessoa. Com algumas das mortes recentes estas caracterizações foram usadas até à exaustão.

No meio de uma vertigem de encómios sobre Alberto Lacerda, Eugénio Lisboa chega a dizer: "era o melhor e tal. Era de Esquerda. Era generoso. Era etc e tal também". Uma pessoa de esquerda não pode ser má. Dogma com a força de uma bula papal e que contribuí para uma debilidade na auto-crítica quase infantil.

Outra coisa são os livros. "Gostava de livros. Sempre rodeado de livros. Vivia com os livros. Livros, livros e mais livros". Parece que gostar de livros é, per se, sinal de nobreza de carácter. Ou sinal de que não se tem nada de substancial para dizer da pessoa.