29 março 2007

A minha loja...tantas palavras bonitas :-)

28 março 2007

Rábula

Os iranianos capturaram uma tripulação de marinheiros ingleses porque, supostamente, estavam em águas territoriais iranianas. Iranianos e britânicos encetaram o habitual "diálogo" nestas situações:
- Não estavam!
- Estavam!
- Não estavam!
- Estavam!
- Não estavam!
- Estavam!

Os iranianos, pessoas razoáveis, resolveram pôr cobro a este disparate e deram as coordenadas onde a captura tinha tido lugar:
- Vêem, foi aqui que os capturamos: xx' xx'' latitude, xx' xx'' de longitude. Mais! Até temos os registos!
- Então... mas - balbuciou o hirto oficial britânico - isso é dentro das águas terrritoriais iraquianas
- Ah, e tal... - balbuciou, por sua vez, o honesto iraniano - afinal os nossos registos estão errados, afinal foi em tal sítio.

E assim segue a diplomacia possível com a Pérsia...

27 março 2007

Ecologia - resposta ao Dude.


Eu bem te dizia que estava quase na Eslovénia ...

24 março 2007

Ecologia


Clara d'Uovo, não era preciso ires tão longe quando tinhas a Itália aí tão perto...

21 março 2007

E para quando os apedrejamentos...?

O ministro da educação, da Liga das Famílias Polacas, vai, e citando, "proibir a discussão da homossexualidade nas escolas de todos os níveis, fazendo votos de que idêntica medida seja adoptada pela UE. Os professores que desobedeçam ou revelem a sua condição de homossexuais podem ser despedidos, multados ou, até, condenados a prisão."

Confesso que a Polónia não era, até há pouco tempo, motivo de "preocupação" quanto ao que realmente é importante na União Europeia. Porém, há um par de questões que me ocorrem como reacção aos comportamentos dos governantes polacos (e uma larga percentagem da população) nos últimos tempos:

1) Fui favorável à referência ao Cristianismo na agora moribunda Constituição Europeia, e agora, sem querer exceder-me em generalizações, pergunto-me se era para isto, se são estes os valores que têm de ser defendidos pelos valores cristãos. Não é, não são. Aliás, muitos dos valores que estruturam a União Europeia como unidade civilizacional são o oposto disto, desta tacanhez e do ataque ao outro simplesmente porque é outro.

2) A Turquia desviou as atenções desta verdadeira quinta coluna implantada no seio da União Europeia. Contudo, estas acções podem chamar a atenção para o possível impacto em termos de valores (para não falarmos doutros) que a Turquia pode ter na União Europeia. Se um país como a Polónia faz isto, o que fará um país asiático de religião muçulmana?

Portugal presidia à União Europeia quando liderou as sanções à Áustria, por esta ter um governo com elementos de extrema-direita. Os membros desse governo eram, em muitos pontos, bastante menos extremistas que os do polaco e, claramente, menos "reformistas".

Possivelmente tocaria a Portugal liderar um ponto e vírgula a estas criaturas, que lideram um país com 40 milhões de habitantes e proporcionais votos no Conselho (a Turquia tem mais de 70 milhões...), antes que o divórcio volte a ser ilegal e as mulheres sujeitas dos senhores seus maridos.

Mapa português da Austrália (séc. XVI)

De acordo com o Público (a quem pedi emprestada a imagem), descobriu-se numa biblioteca de Los Angeles o mapa que prova que os portugueses foram os primeiros europeus a conhecer a Austrália. Pode ser a confirmação do óbvio (ninguém mais deste continente andava por lá ao longo de grande parte do século XVI) mas confirma também que o Dr.Dude cumpre galhardamente a sua missão! Bem haja seu grande tuga!

20 março 2007

Sulla strada.


Clara d'Ovo volta a ser Clara D'Uovo durante uns dias.

A não ser que sejam maluquinhos da Primeira Guerra Mundial, nunca terão ouvido falar de Gradisca d'Isonzo. Ali naquele mapa fica mesmo quase quase na Áustria (ao lado de Palmanova, que é uma citadela em forma de estrela).

Felizmente, vou via Veneza...

Os vendilhões do templo eram uns amadores

18 março 2007

En la cama

Fui ver e gostei. A miúda é bastante gira (e despida) mas isso é pouco relevante (bem, talvez não seja pouco mas é o menos importante). O filme é bom e vale a pena. Como os meus talentos de crítico são diminutos podem dar uma vista de olhos por aqui, é profundo q.b..

17 março 2007

Preto, gordo e feio













Já decorreram umas semanas mas não queria deixar passar isto em claro. Um dos meus actores favoritos (apesar das merdinhas em que por vezes se meteu), Forrest Whitaker, foi, para Hollywood, o melhor actor do ano 2006. Tinha lido há uns anos algo que parecia definir bem a improbabilidade de tal acontecer: Whitaker era (e é) preto, gordo e feio (só faltava ser judeu de origem etiope e homossexual). Felizmente, no último par de anos, entrou-se por aquelas bandas numa vertigem de politicamente correcto.

Há politicamente correctos que vêm por bem.

P.S. Ah, e suas qualidades não se resumem aos palcos.

16 março 2007

Ivo(r) Novello.


Hoje em vez de ter a cabeça nas nuvens, tenho a cabeça no celulóide. Pelo menos é sinal de que ainda tenho cabeça (segundo o Radagast, o Dr Dude tem uma espécie de guilhotina almofadada à espera dele)!

Nascido no País de Gales em 1893, David Ivo(r) Novello - ou Ivo(r) Novello como era conhecido, foi um dos maiores actores britânicos de sempre (de teatro sobretudo, mas de cinema também). Uma espécie de Rudolph Valentino "british" (homossexual, claro).

A primeira vez que deparei com ele foi no The Lodger, que é um filme de 1927 do Hitchcok (NB: 1927, significa que é mudo). No filme, o Novello é confundido com um assassino em série, estilo Jack the Ripper, que anda à solta pelas ruas de Londres. Há uma cena de loucura colectiva no final, em que o pobre Novello é perseguido pela multidão ensandecida: podem ver um Hitchcock menos gordo do que o costume. Aliás, podem ver um Hitchcock em todos os sentidos: humor negro, suspense, sexo! De que estão à espera?

Protectores da Dr.Dude's prestigiada cabeça

15 março 2007

Esquizofrenia 1.


Fotos de ALain-DOminic.

Ainda na ressaca do fim-de-semana em Londres: fauna do West End.

Para verem a minha fauna preferida (a do East End), clicar aqui.

Clara D'Ovo tem a partir de agora vida dupla: vou tratar de resolver o assunto rapidamente...

Os campeões


Ontem fui ver o Manchester City – Chelsea.
Gosto de futebol e, apesar da saudável antipatia que naturalmente desperta a qualquer pessoa que oiça duas conferências do “special one”, não deixo de admirar o Mourinho como táctico exemplar.

Admirar o seu brilhantismo táctico ao vivo é interessante intelectualmente, aborrecido para quem deseja presenciar um verdadeiro espectáculo.

Todo o campo defensivo está ocupado eficazmente (Carvalho administra toda a gestão defensiva e Terry tem uma influência psicológica que não corresponde ao seu potencial defensivo real mas que é fundamental), a presença de quatro médios centros cria uma linha quase intransponível (Makelele no corte inteligente e Lampard no avanço preciso e directo) mas largura do terreno está vazia; para atacar, repetidamente, lança-se a bola para aquele tremendo avançado que, sozinho, aguenta a bola contra dois ou três defesas até à subida dos médios (estratégia tipicamente italiana). Meia-dúzia de fora de série e um cínico inteligente, aí temos o Chelski.

Passe alguns momentos de fragilidade (a época já vai longa) as consequências dos repetidos embates do Man. City contra o meio-campo londrino foram as mesmas que eu conheceria caso corresse à desfilada contra o Shaquille O’Neil. Para mim seria doloroso e inútil e, para os espectadores de tão absurda performance, aborrecido.

Seguramente que não valeria £36.
Haverá um dia em que os pragmáticos do futebol vencerão as competições não tendo ninguém nas bancadas para além das claques. Por ora, mais depressa pagarei para ver o Plymouth a jogar no Championship do que o Chelsea na Champions.

14 março 2007

Paul Yamid.

Desde há uns dias que o Google se revela mais forte do que eu (é surpreendente, eu sei). Clara d'Ovo tem agora uma Google Account, mas não um Google Mail (só a I. é que me tinha explicado isso): derrota anunciada à partida, mas por duas boas causas: fazer a promoção desse grande artista que é o Paul Yamid (e dar ao Radagast mais uma oportunidade de dar rédeas largas ao seu conhecido sarcasmo). Aqui fica uma cançoneta sobre aquele que - infelizmente- será provavelmente o próximo presidente francês:

3 Petits Porcs

O artista encontrar-se-á presente na próxima soirée chez Clara D'Ovo, um singelo cocktail de homenagem ao Dr Dude, que está de regresso ao Velho Mundo.

10 março 2007

Momento conservador.


Nova (re)edição (2006). Para fanáticos dos YMG como o A(nónimo) M(isterioso). É claro que não se compara com os ditos mas tal comparação é batoteira pois o "Colossal Youth" não pode ser comparado com nada.

09 março 2007

Ainda sobre o dia internacional de ontem. A perspectiva liberal.

"Some girls are bigger than others"

(É agora que vou ser expulso deste blog e da comunidade Cavaleiresca)

08 março 2007

Uma geografia alternativa do Progresso

O dia 8 de Março, além de ser o dia em que na Hungria se festejam todos os Zoltáns (seguindo uma velha tradição em que o dia do nome é mais importante que o dia de anos), é também o Dia Internacional da Mulher. Ocasião para algumas pessoas chamarem a nossa atenção para a hipocrisia do discurso pós-feminista.
O Dia Internacional da Mulher era um feriado importante nos países do bloco socialista. Celebrar a mulher equivalia a afirmar o espírito progressivo das democracias populares. É sabido que a introdução de um tal dia comemorativo foi proposto ao Segundo Congresso Internacional das Mulheres Socialistas por Clara Zetkin, em 1910. Mas ainda não havia uma data certa. Esta só surgiu mais tarde, após a greve dos e das operárias de Wyborg, um bairro proletário de São Petersburgo, no dia 8 de Março de 1917 (seguindo o calendário gregoriano).
Esta génese era incómoda no Ocidente durante a Guerra Fria, pelo que passou a ser mais comum uma referência a uma obscura greve de operárias em Nova Iorque, a 8 de Março de 1857. Há quem diga que esta greve foi inventada como alternativa à de São Petersburgo... em 1955.
Seja como for, o Dia Internacional da Mulher, de importância reduzida no Ocidente, é feriado nacional nos seguintes países: Arménia, Azerbaijão, Bielorússia, Bulgária, Cazaquistão, Kirguízia, Cuba, Macedónia, Bulgária, Mongólia, República Popular da China, Rússia, Sérvia, Tadjiquistão, Ucrânia, Uzbequistão e Vietnam. Tudo lugares onde o Sir Humphrey gostaria de ir passar as suas férias.

Machadada na hipocrisia!

É oficial, roubar pouco em Portugal vai deixar de ser crime. Parece-me da mais elementar justiça. Até agora só os que roubavam muito estavam descansados. É quase comovente assistir a esta democratização do catanço.

Tem apenas um pequeno senão, também aqui é a classe média que se lixa. I.e., roubar até €100 ou mais de €100 000 não é crime (este se ainda por legalizar juridicamente já o é pelo costume), mas roubar entre um valor e outro ainda o é. Parece-me mais um sinal dos tempos, e da portugalidade, que o gatuno médio seja o único a ser tramado.

Mas tenho esperança, vamos no bom caminho, acredito que num par de anos também ao gatuno médio vai ser feita justiça.

07 março 2007

Louvre das arábias



Por terras do Golfo teremos mais um Louvre. Até o arquitecto é francês.
Para quando um Metropolitan, sei lá, em Oeiras?

06 março 2007

Black Book

Vale a pena ver. Aqui só vai estrear agora, mas acho que na Europa já circula desde Setembro passado. O Verhoeven diz que, para ele, fazer este filme foi regressar ao realismo. Uma crítica neerlandesa escreveu que entre o filme e a realidade histórica as semelhanças são tantas como entre a Torre Eiffel de Las Vegas e a de Paris.
Quando eu voltar aí, se calhar vão achar o mesmo das minhas histórias. Espero que não.

04 março 2007

Os melhores caminhos nem sempre são claros


E não é isto o que se pode esperar quando nos deixamos levar?
Come and join me.

02 março 2007

Men


Em homenagem às Grandes PortuguesAs
a partir de Santa Monica, que fica ao pé de

a não confundir com outra cidade de tal nome, ao pé de Trieste.

(e prometo algo de mais lírico para o próximo post)