30 julho 2006

Imaginem o ele não deve saber....

É lá! Querem coisa mais sintomática da demência do que se está a passar no Líbano do que o Jack Straw (!!!) dizer:

«It’s very difficult o understand the kind of military tactics used by Israel. These are not surgical strikes but have caused death and misery to many innocent civilians».

A minha alma está parva! Ou então o grau de obscenidade é de tal forma elevado que até os mais militaristas e reconhecidos apoiantes das virtudes dos «danos colaterais» começam a ter dificuldade em apoiar a chacina libanesa.

Que o Hezbollah é uma entidade horrenda, com objectivos maléficos, ninguém tem dúvidas. Que os defensores desta ofensiva militar racista e desumana usem as actividades dessa organização como termo de comparação com as acções israelitas é, também, sintomático…

28 julho 2006

Passeando

Prestes a pedir o passaporte de Peak districense apresento mais umas figuras do meu novo país. Há vaquinhas, como nos nossos países, e ovelhinhas mas acho que vou pedir que me atribuam a área em nome do meu espaço vital. As vaquinhas e as ovelhinhas vão estranhar que as expulsem de suas casas e algumas vão ficar tão chateadas que até vão querer dar-me umas marradas. As malandras!! Só porque lhes ocupei o espaço onde viviam há séculos! Acho que as vou colocar nuns currais minúsculos e esperar que se atinem! Se não se atinarem lanço-lhes umas bombas nos cornos (literalmente). Morrem e deixam de chatear.


Pequeno riacho, dos que há muitos pelo Peak District, este cruza a bonita aldeia de Castleton. Castleton e o seu castelo altaneiro...

Túneis naturais de intervenção humana.

27 julho 2006

Kikin no glorioso


Kikin foi absolutamente fundamental para os dois campeonatos que os Pumas ganharam enquanto vivi no México. Quando ele saiu nem sequer chegámos à liguilha!

Não é um world-class player mas é lutador e um motivador dentro do campo sem igual. É um Mantorras mas com mais força, mais acutilância e melhor jogo de cabeça. É honesto e se há coisa que não faz é a sesta. Estar a perder por 2 aos 90 minutos para ele não significa ter o jogo perdido.

Agora resta saber os que fazemos com 5 avançados para 2 lugares...

26 julho 2006

Obviamente, eu não!

22 julho 2006

Eu apoio Israel

20 julho 2006

Mais do mesmo


Israel está a destruir um país membro das Nações Unidas e todos somos cúmplices.

Há uma clara incapacidade por parte do estado libanês de controlar o Hezbollah. Na sequência desta acção a sua fragilidade é cada vez maior. Obviamente isto é do interesse de Israel, para quem o descontrolo do Hezbollah lhe permite manter o argumento (que só vinga junto a quem partilha a visão racista e belicista do estado de Israel) que justifica a morte de centenas de inocentes e a destruição de um país que apenas agora recuperava da destruição provocada pelo mesmo Israel há 20 anos.

Israel só pode existir em estado de guerra, é essa a sua condição natural, não sabe viver de outra forma. Isto mesmo quando parte dos prejudicados são os seus próprios cidadãos que, condicionados pelo medo fomentado por quem deveria velar por eles, não têm força para exigir um diferente modo de estar no mundo por parte do seu estado.

Aceitar isto é aceitar que Portugal deveria ser bombardeado se não conseguisse controlar um grupo agressor de Espanha instalado em nosso território. É uma lógica doentia e assustadora.

18 julho 2006

Bolton Abbey

Neste domingo andei por um parque chamado Bolton Abbey. É um parque organizado em torno de uma Abadia do século XII e que pertence ao Duque do Devonshire. Algumas fotos seguem este post.

Os desenhos

Canal na vila de Skipton

A Abadia do século XII

Do cemitério para os jogos na água


Residência do 12º Duque de Devonshire.
Consta que S.H. é convidado habitual.

17 julho 2006

Inaceitável


Uma perigosa terrorista do Hezbollah

15 julho 2006

Apetecia-me estar aqui IV

14 julho 2006

Tideswell



Por terras do Peak District. Acho que me vou tornar cidadão honorário. Para a semana lá estarei outra vez e com o estado de espírito sempre em crescendo. Don't you worry ;-)

Aqui vemos uma rua de Tideswell. Fui lá parar por acaso (foi onde arranjei sítio onde dormir), mas foi um acaso que me correu bem. O pub onde dormi (o sonho de muitos tavernólogos) era porreiro e a cidade tinha uma catedral (!) bem interessante.

E depois há sempre os trilhos no meio de florestas e atravessando rios, com vaquinhas, ovelhinhas e outros que tais. Não, não se preocupem que desta vez não há vídeos.

personagens findas

A Ana Sá Lopes matou a Vanessa. A bolinha semiótica deve estar num pranto.

12 julho 2006

Fair-play inglês...?

O que é incrível é que nas repetições se torna nítido que o Rooney pisou de propósito o Carvalho mas os comentadores olham e fazem de conta que não existiu nada. Negam o que eles próprios exibem à saciedade.

11 julho 2006

Commitment, Separation, Waste and Time

So his mutual commitment with Taker, their relationship, had remained thoroughly alive during their four years’ separation. They both suffered from it, and suffered a good deal, but it had not occurred to either of them to escape the suffering by denying the commitment.
So, looking back on the last four years, Shevek saw them not as wasted, but as part of the edifice that he and Takver were building with their lives. The thing about working with time, instead of against it, he thought, is that it is not wasted. Even pain counts.
The Dispossessed
Ursula Le Guin

09 julho 2006

Post ligeiramente corporativo

Foi recentemente criado no Reino Unido um movimento – History Matters – que assumiu como missão valorizar o conhecimento da história do país, visando reconciliar a “cool Britannia” com o seu passado, a sua identidade. Porque, como dizia o Sr. Disraeli, “England cannot begin again”, um grupo variado de personalidades onde avultam o trabalhista republicano ( ou, melhor, anti-monárquico ) Tony Benn e o ex-editor da Spectator e actual ministro-sombra para o ensino superior Boris Johnson, o History Matters pretende chamar a atenção do Estado e da sociedade civil para a importância da divulgação da história do país e da preservação do património cultural pois, como bem refere um editorial do Daily Telegraph de ontem “Without a sense of history, we are not a nation, simply a random set of individuals born to another random set of individuals. Lose the thread that links us to our institutions and we lose ourselves. As King Lear says, nothing will come of nothing.”
Aqui está uma iniciativa que a intelligentzia portuguesa, a começar pelos historiadores, devia seguir com atenção. Orfãos de uma identidade histórica desde o 25 de Abril, que escondeu no armário os esqueletos incómodos dos heróis com que o salazarismo, na procura de legitimidade, havia preenchido o panteão da pátria portuguesa, jamais o novo regime foi capaz de criar um discurso nacional com que nos identificássemos. Apesar da aposta em fórmulas mais neutras, como a defesa da língua como elemento identitário e de ligação aos povos dos antigos territórios ultramarinos, não foi ainda possível, porém, recuperar um sentimento nacional. Os dias 25 de Abril, 10 de Junho, 5 de Outubro ou 1 de Dezembro são marcados por cerimónias balofas, penosamente cumpridas por políticos que, na esmagadora maioria dos casos, nem sequer sabem o que estão ali a fazer, e pelas romarias costumeiras do cidadão comum aos centros comerciais ou à praia, dependendo do tempo. Entretanto, vamo-nos contentando com epifenómenos como o futebol, que nos motivou a cantar o hino nacional com entusiasmo e a encher as janelas de bandeiras. Porém, o futebol, por muito apaixonante que possa ser, não pode ter o estatuto de símbolo, ainda por cima quase único, de uma comunidade nacional com mais de 800 anos. Aliás, é bem possível que a causa deste entusiasmo patriótico desproporcionado seja precisamente a ausência de qualquer outro fenómeno mobilizador e aglutinador. Em suma, “history matters”.

08 julho 2006

Books III: O Ocidente e o Resto


Foi finalmente publicado em Portugal este excelente livro de Roger Scruton. Como habitualmente Scruton, um dos mais brilhantes pensadores do nosso tempo, apresenta-nos um ensaio pleno de erudição e de invejável capacidade analítica. De leitura obrigatória!

07 julho 2006

Faz hoje um ano

Parabéns...

...à MR que hoje defendeu a tese de Mestrado, obtendo a classificação máxima.

06 julho 2006

O 3º tem de ser nosso


A "Grécia" segue em frente. Qualquer das equipas poderia estar hoje na final, chegou lá a que jogou melhor à Grécia. Portugal, que joga SEMPRE da mesma forma, tal como em 2004, nunca pareceu estar perto de dar a volta ao jogo. Obviamente que não era com o amigo Postiga que se iria lá, nem com um Pauleta feito para jogar em equipas verdadeiramente atacantes.

Ainda assim oxalá chegássemos sempre às meias-finais.

A melhor combinação para o futuro seria ter o Scolari como "motivador" e alguém tecnicamente mediano como treinador. Disparates

O pai da nação

Abre-se hoje o túmulo onde está enterrado D. Afonso Henriques!

[A]final

Numa dimensão alternativa estamos a mentalizarmo-nos já para a final de domingo contra a Itália. A Clara d'Ovo, a nossa espiã em terras inimigas, assegura-me que está a ultimar os preparativos para a vitória e celebração final. Ganhámos! Os franciús já passaram à história...

05 julho 2006

Irish photos

Viva a Irlanda! À vossa!


Quéfrô?

04 julho 2006

Obscenidades

Israel aproveitou o rapto de um soldado para atacar estações de tratamento de água e centrais eléctricas. Ainda há pessoas a defenderem o direito de Israel de privar as pessoas de água, luz e vida simplesmente porque são Palestinianos.

Ainda a caminho da meia-final

Lá vamos ter o amigo Costinha e o poste Postiga a jogar contra a França (ainda que o segundo apenas como suplente).

O Postiga é um mistério naquela equipa. Jogar com ele, como se viu contra a Inglaterra (e ainda mais contra o México), é abdicar de um jogador. Quando estava em campo houve três remates fortes que Robinson não conseguiu segurar e que deveriam ter encontrado um ponta-de-lança à espera. O campeonato de Pauleta está longe de ser brilhante mas com ele em campo não houve nenhuma destas oportunidades.

Pauleta é um ponta-de-lança óptimo dentro da área e por isso necessita de ter alguém mais perto dele, como tem tido em todas as equipas em que joga. Neste mundial é obrigado a trabalhar fora da área, e se é essa a estratégia o Nuno Gomes é muito mais eficiente.

Em relação ao Ricardo. É fantástico que tenha defendido os penalties mas entre os postes sempre tivemos um óptimo guarda-redes tecnica e atleticamente (com a força mental de um amador). I.e. parabéns, fantástico e obrigado mas o que é realmente de louvar é a grande melhoria nas suas saídas de entre os postes. Espero não ter que morder a língua, mas é a forma segura, decidida e eficiente (mesmo quando opta pelo soco) com que sai da baliza que marca o “novo” Ricardo.

P.S. Colocar o Hugo Viana a marcar um penalty nos quartos-de-final de um mundial é um disparate. Este jogador nos últimos 3 anos fez os jogos de uma temporada e meia. Não tem o traquejo de alta competição necessário para ter estar mentalmente preparado para tal responsabilidade.

02 julho 2006

Meia-Final

Podia e devia fazer-se muito mais. Os ingleses sem Beckham, Owen, Rooney, Cole, Gerrard a arrastar-se e um Lampard que em todo o mundial nao deu uma para a caixa, a jogarem com menos um por 60m (!) nunca deveriam ter chegado aos penalties! Nao tivemos ambicao e contunuamos a jogar no limite do risco. Temos jogadores do melhor que ha, que de vez em quando fazem das suas. E deles o merito de chegar as meias-finais. Os erros tecnicos de Scolari (um grande motivador) sao tao grosseiros que ate provoca repulsa o seu endeusamento. Mas por ai vamos.

01 julho 2006

Apetecia-me estar aqui III


Longe de tudo, sobretudo do Mundial.