30 abril 2006

In Memoriam


Jean-François Revel 1924-2006

Domingo à tarde.

Domingo à tarde é ter trabalho para fazer, mas passar o tempo no Google Maps a ver as fotografias por satélite de todas as casas em que já vivi, desde Lisboa até Paris...

Como esta em Montpellier Grove...

Saramago no The Guardian.

Os títulos dos livro dele são dados em castelhano e ficamos a saber que depois da revolução de 1975 (sic), uma pessoa com as cores políticas dele não podia trabalhar. Mmm. Proponho que o Ziemssen escreva um artigo a protestar. Isto é, se o Ziemssen tiver tempo, porque com tantos posts que escreve para este blogue, não sei se será possível..

Still a street-fighting man.

21 abril 2006

Jovem


A iluminação era má e a fotografia não saiu grande coisa mas a beleza do desenho merece a pena que contemporizem.

Happy Birthday Ma' am!

19 abril 2006

Não os ter no sítio segundo Vasco Graça Moura

Está saidinho da casca

«O desastrado Villepin foi lixado muito à puridade pelo inenarrável Chirac e não teve nada de solidamente implantado no sítio que o levasse a pedir a demissão.»

Há bons e maus?

Interessante artigo sobre uma outra forma de ver o mundo.
Islam and globanalisation

18 abril 2006

Espinafres.

"O Dieu, je suis ton épinard - prépare-moi acide ou sucré, comme tu l'entends."

Rumi, poeta Sufi do século XIII.

O que nasceu primeiro, a retaliação ou a reataliação?

Depois do atentado de ontem o primeiro-ministro de Israel disse claramente que vai haver uma retaliação. Isso deixa subentendido um ataque primeiro da Jihad. Claro que toda a gente sabe que na semana passada Israel andou a bombardear casas na Palestina. Claro que toda a gente sabe que quase só matou pessoas inocentes, incluindo várias crianças.

Terroristas com terroristas se entendem, o que é de lamentar são as mortes de israelitas e palestinianos inocentes, vítimas destes jogos de guerra promovidos por pessoas infantis e sem escrúpulos.

17 abril 2006

Coisas pontiagudas



O meu passeio por Manchester levou-me ao museu homónimo. O sector egípcio é muito interessante.

Estas flechas persas foram encontradas no centro de Kom Tuman, o local por onde andei no Egipto a fazer a minha tropa com os meus queridos camaradas.

A ponta de lança é também persa mas foi encontrada em local menos belicoso.

Amuletos


Na senda da senda seguem mais umas fotos, que não serão as últimas.

Temos aqui uma representação esquemática muito interessante de como eram colocados os amuletos no defunto. O sacerdote de média importância que serviu de modelo tinha cerca de 180 enrolados nas suas ligaduras.

Depois temos um detalhe de alguns amuletos, com destaque para o delicado ankh.


16 abril 2006

Por ruas e praças


No sábado rebelei-me e fui dar uma volta pela cidade. Não vi nada de especial nem de novo. De forma a ilustrar o desinteressante aqui partilho convosco duas fotos banais. Uma da torre da town hall e outra de uma rua anónima.



Ambições desmedidas

No Sporting-FC Porto que se seguiu à eliminação do Benfica da Liga dos Campeões o tema da noite em Alvalade foi o «Barcelona», da Montserrat e do Mercury :-)

São tão tristemente patéticos. A sua própria razão de existência parece ser o Glorioso. Aliás, quem souber a história da fundação do Sporting sabe que realmente o Sporting não existiria sem o Benfica. Este nosso clube é o seu (deles) nadir e o seu zénite, o seu dia e a sua noite, a sua bola e o seu campo. Poderão ser sempre o que quiserem mas jamais serão o que ambicionam ser, o Benfica.

Aperitivo.


No Friul - terra do moleiro Menochio, na actual Padania - produz-se um vinho branco seco que não é nada mau. É promovido desta forma.

A imagem fala por si. E caso haja dúvidas, a legenda está lá: o único branco que ela ama, é o vinho.

15 abril 2006

A luta continua!

O padre para a rua!

Segundo fonte (in)segura -i.e. o senhor meu pai - era este o grito que se fazia ontem ouvir nas ruas de Olhão, quando um padre maléfico tentou impedir a organização de uma procissão de sexta-feira santa. Parece que como estava a chover, o dito padre não queria que as imagens se molhassem; não contou, infelizmente, com a indignação popular. O povo insurgiu-se e começou a gritar "A luta continua! O padre para a rua!". Chamou-se a polícia e o padre fugiu dentro de uma ambulância.

Viva Catalunya!


Foto: Robin Townsend/EPA

Sempre odiei aqueles banhistas que fumam na praia e que depois enterram a beata na areia...

14 abril 2006

Schivar la noia.


Depois de duas semanas em Itália - off the beaten-track e durante as eleições - ainda não tenho fotografias reveladas. Prometo que quando chegarem vos faço um itinerário psico-geográfico completo, desde o hospital psiquiátrico de Gorizia até Sabbioneta, uma "Nova Roma" perdida no meio dos arrozais do Pó.

Entretanto, aqui fica um detalhe dum fresco no Palácio Schifanoia em Ferrara. Para bom entendor meia-palavra basta. Isto é: Aby Warburg...

O que se diz por aí

A Europa tem andado na boca do mundo nos últimos tempos, muito graças às arruadas francesas e aos desvairos berlusconianos.

Resolvi pilhar as ideias de uns comentadores no site da BBC que achei que valia a pena partilhar. Como vêem são três os comentários pelo que não é um plágio mas sim uma investigação (é estranho como o Dan Brown não se lembrou desta :-)

O primeiro comentário apresenta-nos um caminho verosímil para o abismo.

O segundo uma realidade que bem podia ser a portuguesa.

O terceiro uma visão dos EUA que nos diz que se calhar o caminho não é mudar as coisas a torto e a direito, pensando nas vantagens macroeconómicas mas esquecendo-nos das pessoas que vivem no particular.



Europe will wait for even worse economic news before implementing a few, obvious reforms required to generate a real economy. So far Europeans can react, but they cannot act. The red-green coalitions of the past have been replaced by brown-green coalitions. Anti-immigrant parties do well even as Europeans commit demographic suicide and refuse to reproduce. They want cheap immigrant labor without the demographic consequences. They want a job for life that is a chimera, a state pension from bankrupt states. The French set the streets alight when there are no jobs, and set them alight again when their government attempts reforms to give them jobs. As the kids say, "whatever."
Rod, Woodstock, Oxfordshire, UK

I have lived as a British expat in France, near Paris for 19 years. When I left England in the '80s, the UK was in a bad state: unemployment, and so on. I was in the UK, in Wakefield during the miners strike. Now, after being here so long, I can see why the people are fighting for this. I have been struggling to find work here, although having a very good professional experience, there is always something "not right" with your experience, or you don't have the "right" diploma.
When the students will leave university, with many years studying, you will find them being told by employers that they have no experience, therefore, the CPE, where the wages will surely be very low and with the possibility of being kicked out at any time in the passing two years, by unscrupulous bosses, and there are many! And after working years in studies, many French youngsters leave France to work in the UK. Often I chat with the youngsters here, and when you hear that they have sent off 150 CVs for a low level job, with nothing back, it's just another reason to fuel the fire.
Jonathan Simmonds, montreuil, france

At least the French can revolt and argue, scream, have a mini revolution if they wish. In this country, the US, all anti-government, left wing, way out of the mainstream, kind of thoughts, you will likely be hunted down by the government. Most of the western world, UK and US are so concerned only about themselves. Living here as an American, I am embarrassed to say that and the clear fact working here is impossible to make a living at all. Most people are under the poverty line here, working wherever they can making nothing compared to the cost of living around the USA.
The only way is to have two or three jobs, no medical benefits at all and of course no savings. It seems like it's all been taken over by yuppies and the elite.
Tony, San Francisco, CA USA

13 abril 2006

Como é possível?

12 abril 2006

O anti-criacionismo


O peixinho intermédio

Economia faunística

No outro dia alguns de nós lemos um artigo sobre o valor económico dos insectos.

Parece que para justificar a existência dos animais, até dos insectos (para alguns «principalmente» dos insectos, bem sei), tem de se lhe atribuir um valor em dinheiro. Sem isso não merecem viver, não têm direito a existir. De um sujeição secular baseada em preconceitos religiosos passamos para outra assente num darwinismo económico infantil.

A intenção dos autores é boa, é uma pena é a necessidade de serem realizados este tipos de estudos.

Para quando o estudo sobre o impacto negativo no globo da presença humana?

11 abril 2006

Mulheres na Índia

A vergonhosa e inaceitável prática de tratar as mulheres como objectos é, infelizmente, recorrente em muitas partes do mundo. Essa realidade está mais mitigada no Ocidente, contra cujos valores muitas das vozes ditas progressivas da nossa sociedade frequentemente se insurgem.

Isto para falar num dos casos específicos, o que se passa na Índia. Aí constantemente se abortam fetos femininos porque supostamente uma mulher é um encargo muito grande para a família, já que é a família da esposa que tem de pagar o dote à do esposo. Logo, por maioria de razão, dá lucro ter um filho e prejuízo ter uma filha.

A conclusão lógica é a crescente «escassez» de mulheres em relação aos homens. Na minha ingenuidade pensei que, a médio prazo, isso acabaria por originar uma inflexão nos comportamentos, mesmo que ligeira; uma inflexão na forma como se vêem as mulheres em particular e como se vê o outro em geral.

Há casos registados em que comunidades de características patriarcais se convertem ao matriarcado. Quem sabe se isso não poderia acontecer aqui. O «excesso» de homens poderia levar a uma maior procura de esposas em relação à oferta e as famílias destas negociarem em melhores termos o dote a pagar. Pelo menos isso. A médio prazo a condição da mulher poderia melhorar, motivada por questões económicas é certo, mas melhorar ainda assim.

Claro que nada disso se passou. Os homens desprovidos de mulheres na sua comunidade vão até às zonas mais pobres, principalmente ao sul do país, para comprar mulheres. Afinal de contas aí nem sequer há a possibilidade de fazer ecografias pelo que há mais mulheres a nascer. Apenas para depois serem vendidas por €40...

Depois são obrigadas a «rodar» entre irmãos e se não aceitam o mais provável é serem mortas.

Aqui não há cotas…

08 abril 2006

Aviso aos leitores


Neste blogue é permitido fumar

07 abril 2006

Marcas do passado na vida do presente

Quedas

Jornaladas

Acabou a minha assinatura virtual do Público. Agora pedem €50... Como é que anda o DN?

05 abril 2006

Berardo e CCB

Os receios manifestados por JMF sobre as variáveis do acordo entre o CCB e o Joe Berardo são legítimos e pertinentes (espaço no CCB para temporais importantes, articulação com outras colecções, o futuro da colecção não estar definido claramente).

Apenas discordo (ingenuamente, quiçá) da forma como se questiona a boa fé de Berardo quanto ao futuro da colecção. É certo que a forma como ele se dirigiu ao estado português, e até a postura que tem para com a generalidade das pessoas, pode parecer (e ser) um pouco sobranceira mas não creio que seja merecedor da insinuação de que está só a rentabilizar a colecção (pode ser possível mas...). Afinal de contas podia tê-la colocado noutro país (e as autoridades francesas bem andaram à sua volta).

Além do mais ele tem um passado de apoio à cultura portuguesa que é de destacar, tanto em Sintra como na Madeira.

02 abril 2006

Algures no Peak District

Amadorismo

Como já se esperava o Benfica tem o plantel curto para esta fase da temporada. O Nelson está lesionado e só não se opera porque ainda pode «dar uns toques». Ou seja, o slb tem 4 jogadores operacionais para...4 lugares, isto num momento em que joga duas vezes por semana.

Na altura em que se processaram os movimentos comentei que achava estranho emprestar-se o João Pereira e vender-se o Dos Santos.

Estranha gestão do plantel pelo treinador e mais estranho que os dirigentes o tenham permitido. A não ser que haja algo que passe ao lado do comum dos mortais...

Os três F's

O Instituto de Turismo de Portugal apresentou na passada semana uma campanha, de nome "Escapadinhas", substituindo o já estafado slogan "Vá para fora cá dentro". Não comentando o gosto duvidoso do termo, chamo a atenção para as personalidades que dão rosto à campanha, a saber: Mariza, José Mourinho e Tiago Monteiro. Apesar de mudar o slogan, a imagem do país que é transmitida é a de sempre. O Portugal dos três F's persiste, apenas com uma pequena diferença, imposta pela laicidade do Estado: o Fado e o Futebol continuam a ser mostrados como o que de melhor temos a oferecer ao mundo e, no lugar de Fátima, os senhores do turismo português trocaram-na pela Fórmula 1 que, nada tendo que ver com Nossa Senhora, também começa por F.

01 abril 2006

O exemplo que a França devia seguir