26 janeiro 2008

Allan Beswick

Houve muitas outras coisas (e pessoas) em Manchester que enriqueceram mais a minha vida do que isto; porém, não me desagrada ter conhecido esta criatura directa, inteligente, cruel e divertidíssima. Graças ao tipo omnipotente pela internet onde, ocasionalmente, me deleito com a sua acidez hilariante.

21 janeiro 2008

Recomenda-se

20 janeiro 2008

Ah....nada como um bom nome surreal para um departamento de estado

O Backward Classes, Most Backward Classes and Minorities Welfare Department pode ter o seu quê de risível mas tem imensos elementos válidos :

1) É honesto
2) É proactivo
3) É engraçado

Há nomes Pythonianos que inspiram mais cuidado, como a Comissão da Promoção da Virtude e Prevenção do Vício saudita (congénere de um aterrador ministério talibã), que anda a zelar pelo bem estar espiritual dos seus cidadãos. De tal modo que, há uns anos, achou por bem antecipar o fogo do inferno a umas quantas moças sem-vergonha.

Esta semana,
vem na revista Visão um artigo que conta certos episódios reveladores da fraqueza de espírito de alguns (demasiados) dos nossos conterrâneos. Entre o engenheiro guineense a quem um polícia fura o tímpano à porrada, porque o raio do preto se atreve a ter mais habilitações do que ele, o sikh que viu a barba quase queimada por um par de cretinos que lhe chamavam talibã ou o russo a quem lhe pediram para matar a mulher porque ele é...russo, logo, assassino a soldo, venha o Diabo e escolha.

Se precisamos de um departamento, ou de uma comissão, como os acima referidos não sei, mas algo tem de se fazer para se educar esta maralha.

O vazio espiritual e cultural deste país é apavorante. Não passei por nenhuma situação como, infelizmente, a C d'O já passou em Santa Apolónia; mas tal não é necessário para que cada vez menos me sinta em casa na minha casa de sempre.

15 janeiro 2008

11 de Março revisitado



Com a eleição de Santos Ferreira para a liderança do Millennium BCP, o Estado assegurou uma enorme influência na banca privada. Trata-se, porventura, do maior assalto do poder estatal ao sector privado desde o 11 de Março. Sem assembleias selvagens, de forma institucional, o Estado, fiel aos seus tiques controladores, conseguiu colocar à frente do banco uma clique de comissários políticos, com a costumeira cumplicidade de empresários que fazem já contas aos ganhos que obterão com esta ligação privilegiada ao poder político. Ameaçados por este "casamento", os demais bancos sentir-se-ão igualmente tentados, para não perderem os favores dos políticos, a oferecer lugares nos seus conselhos de administração a mais alguns distintos militantes do PS, que serão, no devido tempo, substituídos por sociais-democratas. O polvo expande os seus tentáculos.
O senhor da fotografia não faria melhor.

13 janeiro 2008

O governo SimCity

Epá, eu pouco percebo de juizadas e comarcas; de comboios e velocidades; de pontes e aeroportos. De vez em quando leio umas coisas e coço a cabeça (sem ser para caçar piolhos).

Pensava que faltavam espaços e funcionários no sector da justiça, para agilizar os processos que temos pendentes aos milhares. Parece-me que eliminar metade das comarcas não irá contribuir para uma justiça mais diligente e um melhor estado de direito. Parece-me, mas que sei eu? Mas não deixa de ter piada começar-se uma obra orçada em três milhões de euros que não irá servir para nada. Vai-se construir um novo tribunal em Cabeceiras de Basto, comarca que para o ano vai ser extinta. É um lego um bocado caro; ou então, alguém não prestou atenção e vai haver um, dois ou mais recuos. Não faz mal. O dinheiro é dos contribuintes, ou seja, de ninguém. Governação à SimCity I.

A ligação de TGV entre Lisboa e o Porto parece que vai em frente. Vão-se gastar dez mil milhões de euros (sete mil e quinhentos + derrapagens) para se ganhar 20m na ligação entre as cidades. Eh lá, mas que grande impulso para a nossa economia! Já alguém, há uns anos, comprou uns vagões pendulares para umas ferrovias que não estavam preparadas para tais comboios. Em vez de se preparem as ferrovias para essas composições faz-se um novo projecto, de impacto residual para a economia portuguesa mas muito benéfica para os construtores e donos de terrenos. A obra pouco serve a Portugal, espoliam-se os contribuintes (ou seja, ninguém), dá-se dinheiro aos amigos, ficamos com um lego gigante no CV e ainda nos arranjam um belo cargo de administrador (muito bem pago) uns anos depois. Governação à SimCity II.

O Ferreira do Amaral já está muito à vossa frente. Já vimos isto antes. Ninguém faz nada e continua-se a votar em quem defende este estado das coisas. O Ferreira do Amaral, há 13 anos, patrocinou um decreto-lei que oferecia à Lusoponte o exclusivo das travessias do Tejo a sul de Vila Franca. Deste modo, os contribuintes (i.e., ninguém) terão de pagar uma indemnização à Lusoponte por cada carro que atravesse o rio pela nova ponte! Mas a que propósito!? Apenas porque a empresa prometeu a um então governante uns trocos valentes? Não é evidente que o tipo, enquanto no servidor público, ofereceu ao seu futuro empregador esta dívida do estado? Em vez de exigir este dinheiro dos contribuintes, o tipo não deveria estar a ser julgado por peculato? Quão mais evidente necessita de ser o tráfico de influências? Governação à SimCity III.

08 janeiro 2008

Radical, mas funcionou

Mexico boy tries to stick at home (...) Diego watched cartoons while paramedics dissolved the glue with a spray.

06 janeiro 2008

Alvíssaras ao adivinhão

Sala de fumo