29 outubro 2008

I'm right to be worried

«Before the election's over, there'll be at least one Republican supporter on Fox News who'll say, "I think that one of the areas in which McCain scores heavily over his opponent is he's proved himself far more adept and capable, over the years, at being white. And for all Senator Obama's flair and charisma this is a skill he clearly lacks."»

«...if McCain wins, imagine how that will transform electioneering. In general elections around the world each candidate will strive to come over as more incompetent and idiotic than the other, starting party political broadcasts by announcing that they don't believe in gravity, then accidentally setting fire to themselves and choosing Rita Fairclough from Coronation Street as their deputy before saying they didn't realise that she wasn't real.

See, there's a lot at stake and I'm right to be worried.»

Obama '08 - Vote for Hope

Em nome de todas as moscas-da-fruta

20 outubro 2008

Friedman, a direita e a desigualdade








Se a actual crise servir para uma só coisa, espero que seja o permitir-nos repensar alguns dogmas que por aí andavam feitos verdades absolutas... Quem sabe se agora a direita não se colocará algumas questões sobre os seus credos, um pouco à moda do que aconteceu à esquerda depois da queda do muro. Só lhe faria bem. Aliás, faria bem a todo o mundo.
Acho que todos têm a ganhar ao ler este artigo do Paul Krugman sobre o Milton Friedman, e sobre como uma teoria económica bem pensada à partida se transformou num credo cada vez mais distanciado da realidade, num instrumento discursivo da direita que serviu - e ainda serve - para legitimar o desmantelamento do Estado social.

Aqui vai um excerto, o artigo completo encontra-se na New York Review of Books.

"From 1947 to 1976, Milton Friedman was a voice crying in the wilderness, his ideas ignored by policymakers. But the economy, for all the inefficiencies he decried, delivered dramatic improvements in the standard of living of most Americans: median real income more than doubled. By contrast, the period since 1976 has been one of increasing acceptance of Friedman's ideas; although there remained plenty of government intervention for him to complain about, there was no question that free-market policies became much more widespread. Yet gains in living standards have been far less robust than they were during the previous period: median real income was only about 23 percent higher in 2005 than in 1976.

Part of the reason the second postwar generation didn't do as well as the first was a slower overall rate of economic growth—a fact that may come as a surprise to those who assume that the trend toward free markets has yielded big economic dividends. But another important reason for the lag in most families' living standards was a spectacular increase in economic inequality: during the first postwar generation income growth was broadly spread across the population, but since the late 1970s median income, the income of the typical family, has risen only about a third as fast as average income, which includes the soaring incomes of a small minority at the top."

Será preciso lembrar que em Portugal as discrepâncias (de salário, de acesso à saúde e à educação, de tratamento pelas próprias instituições e empresas do Estado) entre ricos e pobres estão entre as maiores da UE?

15 outubro 2008

Extremadura







14 outubro 2008

Coitadinhos...


Visto em Trujillo, no feriado nacional de Espanha, dedicado à Senhora do Pilar.

12 outubro 2008

Interesses "camuflados"

Não me tendo dedicado a pensar sobre o assunto com profundidade, revejo-me nas palavras de Ana Vicente, do movimento Nós Somos a Igreja, sobre a questão da adopção de crianças por casais homossexuais:


A adopção deverá ser sempre o encontro de uma família, constituída por uma ou mais pessoas, que tenha condições emocionais para acolher e acompanhar o desenvolvimento de uma ou mais crianças, ou seja, a qualidade humana dessas pessoas é o que deve prevalecer e não a sua orientação sexual.


Parece-me uma posição sensata, mesmo admitindo outras. Porém, negar à partida esta possibilidade (isto não é dizer que a defendo) é colocar os preconceitos individuais de cada um à frente dos interesses das crianças. Sendo, para estas pessoas, o bem-estar da criança tão secundário (camuflado numa cínica boa-vontade) dificilmente a sua opinião deveria ser considerada relevante numa apreciação séria deste tema.


Tal como a opinião dos taxistas sobre os negros, ainda que merecendo a preocupação de todos nós, não deve ser considerada válida numa discussão sobre as minorias étnicas

09 outubro 2008

Solução radical



An estranged couple in Cambodia have sawed their house in half to avoid the country's convoluted divorce process.

Moeun Rim and his wife, Nhanh, who have been married nearly 40 years, split the building last week following an argument, local officials said.

Mr Rim has removed his share of the property and the couple have also divided their land into four parts; two for their children, and two for them.

04 outubro 2008

God doesn't give a shit...

...but He loves you!

03 outubro 2008

Onde está o medo?

De vez em quando temos de «let go». Eu sei que em todos nós gente séria (ler: benfiquistas) o medo e o desespero se anicharam nos corações, construíram um pequeno condomínio e procriaram os seus esbirrinhos. Ganharam a nossa afeição. Com a excepção de um ou outro episódio desirmanado (até o campeonato foi ganho borrados de medo e em desespero), esta tem sido a realidade dos últimos 14 anos. Mas já não mais. Temos de os deixar partir, seguir a sua vida e encontrar verdes campos onde germinarem. Podem até ficar perto (a uns 2km), só para não nos esquecermos deles.

Eu, por mim, só peço que o Benfica jogue sempre para ganhar, que o adversário se sinta intimidado, não quero que o Benfica esteja na Luz a ganhar 1-0 ao Lixa e se ponha à defesa, como fazia com todos os Nandos que passaram pelo banco benfiquista. Foi por isso que ontem não pude deixar de lacrimejar, comovido, ao ver os jogadores do Benfica pressionarem os adversários no seu próprio meio-campo, a cinco minutos do fim e já a ganhar 2-0.

O Benfica pode até não ganhar nada este ano, mas se jogar sempre para ganhar, se tentar sempre jogar bem, eu fico satisfeito. Há anos que jogamos mal e a medo e continuamos a perder. Pior que o 6º não nos acontece.