«... a pensar naquele alucinado do Presidente do Irão. Talvez não fosse má ideia deixar que fizesse as suas coisinhas nucleares. É que não é só uma questão de ter a bomba: é preciso ter condições to drop it. Assim, ao primeiro indício de utilização, varria-se o Irão do mapa. Afinal de contas, quem deseja essas coisas aos outros, deve sofrê-las na pele.»
Na quinta-feira por terras da bomba inteligente dizia-se isto. Às vezes as conversas em torno do Médio Oriente passam por um «eu digo de ti o mesmo que dizes de mim mas isso faz de mim bom e de ti mau». Estabelecem-se eixos do mal e eixos do bem em função das amizades.
Arrasar Israel é mau, arrasar o Irão é bom; Israel deve ser erradicado, Irão é terra de civilização. Pelo menos quem ataca as palavras do Irão não é considerando «anti» nada.
Não é muito diferente do que fazemos entre nós, nas relações pessoais, nas coisas comezinhas ou nas mais importantes. É muito fácil pretender ter uma superioridade pessoal em relação ao outro apenas para depois se agir pior do que quem por si é julgado. Irrita-me os julgamentos gratuitos, irrita-me a sobranceria sustentada na omissão e na dissimulação, irrita-me a vacuidade moral envolta em lençóis rectidão.
PIM.