28 julho 2008

Peço desculpa por não me chamar Ahmed

In Britain, a local police force got caught up recently in a flap over its use of a German shepherd puppy to promote an emergency hotline. A Muslim councilor, noting that dogs are viewed as unclean in Islam, complained that the puppy could turn off believers. The police force apologized and regretted not consulting its diversity officer.

26 julho 2008

Verminoso

O nosso Primeiro recebe alegremente Teodoro Nguema, vestal presidente da Guiné Equatorial, um dos piores países em todos os rankings relacionados com direitos humanos. Fá-lo não porque queira, mas apenas para que a Galp possa ter o direito a explorar os recursos fósseis do pequeno país infernal. Todos nós, que o criticam, esquecem que esta é a única forma de Portugal continuar (através da Galp) a dar aos portugueses combustíveis a um preço justo. Sem o apoio do país infernal, e o beija mão ao crápula Eduardo dos Santos, que, segundo Sócrates, está a fazer «um trabalho notável a todos os níveis» (o que o Socrátes gostaria é que aquele lhe ensinasse os seus truques para manter a sua população na miséria e, simultameamente, na linha; mas um bom chefe não ensina os seus segredos) Portugal teria a pagar mais 25% a 35% nas gasolineiras do que os esanhóis. Deus nos livre! Obrigado Sócrates.

Possivelmente, também é isso que leva Portugal a receber o Chavez e o Putin como imperadores do súbdito Sócrates, e o Dalai Lama como um bandido de estrada.

E não, não é a cartilha da «realpolitik» a que todos os outros obedecem cegamente. Muitos governantes, em Espanha, na Inglaterra ou na Alemanha não seguem o caminho da criatura que nos governa. A hipocrisia encontra-se relativamente bem distribuida, mas, com Sócrates no poder, Portugal parece ser o único país ocidental cuja política externa se assemelha a um decalque da chinesa.

21 julho 2008

Resposta

Já disse que lamentava o que fiz de errado. Tenho pena que a mão estendida tenha ficado sem resposta. Ou melhor, que a resposta tenha sido a que foi.
Sim, é possível e mesmo provável que por trás da fachada de radicalismo político e social que montaste eu tenha sido incapaz de discernir os traços mais afáveis do Sir Humphrey. Em meu favor, advogo no entanto que tal discernimento se foi tornando cada vez mais difícil ao longo dos últimos meses. Porque essa tua tolerância, esse respeito e esse bom humor de que falas se foram tornando cada vez menos evidentes aos meus olhos enquanto lia e via os teus posts.
É possível que estejamos perante um caso extremo de percepções subjectivas contrastantes: o que tu dizias com um sorriso na boca, eu lia-o como uma série de ataques onde a boa-fé já não era o tom dominante. Cada um poderá formar-se uma opinião relendo os posts e os comentários que ficaram gravados no blogue. De qualquer das maneiras, penso que não basta escudares-te no argumento de que os teus posts eram alegres caricaturas de situações sem grande importância. A brincar, a brincar vão-se dizendo coisas sérias, e às vezes ferem-se susceptibilidades. Não existiu nunca nenhum código de conduta explícito no Feno, mas ao longo dos anos foi-se esboçando uma certa moderação em temas onde – precisamente porque nos fomos conhecendo melhor uns aos outros – aprendemos que certas palavras podiam irritar ou mesmo ferir com gravidade o outro. Deixámos por exemplo de ter posts regulares sobre a imoralidade de comermos carne, ou sobre o não-direito à existência de Israel; e eu tão pouco me diverti a fazer posts anti-clericais, anti-monárquicos ou pró-aborto todas as semanas.
Garanto-te que vou ter saudades dos teus posts mais líricos, das sugestões musicais, e mesmo de um ou outro produto bonito da Louis Vuitton. Continuarei a seguir o código acima enunciado e a esperar que um dia te sintas à vontade para voltar a escrever aqui. Pela vertente pessoal do ataque que te dirigi, peço desculpa. Os que me conhecem sabem que o pedido é sincero. Pelo resto, acho que fiz o que tu também terias feito: defender as minhas convicções e, um pouco pelo menos, a minha honra enquanto cidadão de uma Europa que se quer livre e democrática, de uma sociedade empenhada em ultrapassar, pouco a pouco, as heranças mais sombrias do seu passado. Para mim, amar a liberdade e aspirar a uma sociedade menos injusta não se coaduna com a nostalgia de instituições e de modos de viver contrários a esses princípios.

Notas finais

Participei no Feno norteado pelos mesmos valores que tenho seguido ao longo da vida: o escrupuloso respeito pelo próximo e pelas suas ideias, a boa educação ( que mais não é que a expressão desse respeito ), a tolerância e o bom humor.
Assim sendo, nos posts que aqui escrevi nos últimos dois anos e meio, procurei sempre exprimir impressões ligeiras e bem humoradas sobre os mais diversos assuntos que achei por bem abordar. Nunca pretendi ser doutrinário e demasiado sério nas minhas considerações, pois jamais entendi ser esse o espírito do blogue, o que, aliás, deixei bem expresso na sequência de uma "fricção" que tive há tempos com um antigo contribuidor. Recorri, portanto, com frequência à caricatura e ao nonsense - com as distorções e simplificações que lhes são características - na abordagem dos temas.
Lastimo, porém, que haja quem assim não tenha entendido. Que um desconhecido, por mero acaso, tropeçasse no Feno e ficasse chocado com alguns dos meus posts, não me pareceria estranho ( nunca me preocupei muito com isso, pois sempre escrevi apenas para os amigos ); que esse choque seja sentido por alguém que me conhece há anos, é deveras surpreendente. Não vou aqui tecer considerações sobre essa incompreensão, pois não faço processos de intenção, mas estou em crer que sou, para alguns de vós, um desconhecido. Hélas!
Presumir que não amo a liberdade ou que sustento a peregrina ideia de um regresso ao Antigo Regime são asserções pelo menos tão ofensivas quanto as palavras desagradáveis que me foram dirigidas. Aliás, no que respeita ao amor à liberdade e a uma sociedade menos injusta ( o que não é sinónimo de uma sociedade sem desigualdades, que não defendo, mas esse é um tipo de debate que, como disse, nunca aqui suscitei, e não será agora que o vou fazer ), não admito lições. São, também para mim, sensibilidades profundas,caro Dr Dude, embora tenhamos acerca delas leituras diferentes.
Quanto a um suposto consenso em torno dos posts, não me recordo de ter sido auscultado sobre essa questão. Jamais me constou que houvesse um livro de estilo no blogue. Tanto quanto sei, não foi estabelecido qualquer limite aos temas a tratar e à forma de os abordar, o que, aliás, me parece saudável.
Termino, pois, a minha participação no Feno por considerar que foi ultrapassada a única fronteira que reputo de intransponível: o respeito incondicional pela dignidade pessoal.

Au revoir

20 julho 2008

O blogue

Sabendo do alvoroço que causaram os meus comentários ao post do Sir Humphrey, embora desconhecendo os detalhes da discussão que por aí vai e tendo ouvido apenas por interposta pessoa que a crise é aguda, permito-me dizer o seguinte:
- Acho que, a haver discussão, seria bom que pelo menos uma parte dela passasse pelo blogue. Somos um grupo de amigos dispersos geograficamente, e o blogue existe em boa medida para que todos juntos possamos ultrapassar essa separação.
- Os comentários que teci diziam respeito ao funcionamento do blogue e ao tom dos posts criados nos últimos tempos pelo Sir Humphrey. Reconheço no entanto que, pelo que disse e pela maneira como o disse no final, ataquei também pessoalmente o autor, coisa que não deveria ter feito.
- Gostaria de frisar ao mesmo tempo que os meus comentários não saíram do nada, situando-se sim no seguimento de uma história que está patente no próprio blogue. Fiz tentativas amigáveis para melhorar o ambiente, nomeadamente com um par de posts recentes sobre o cozido madrilenho e a poesia do Ángel González.
- É verdade que nunca definimos muito bem que tipo de posts gostaríamos de ter no nosso blogue, mas creio que tínhamos chegado a um certo consenso que acabou por funcionar bem: fazíamos posts sobre assuntos que achávamos interessantes e dignos de discussão, ou coisas que nos pareciam simplesmente bonitas, e evitávamos fazer posts que atentassem directamente contra as sensibilidades mais profundas de uns e outros. Esta lógica quebrou-se. Eu espero sinceramente que a possamos restabelecer.

Um abraço a todos,
DD

17 julho 2008

Pageantry



Hoje deu-me para ouvir isto

Massacre



17 de Julho de 1918.

16 julho 2008

Uma pausa


Pastor de vientos


Pastor de vientos, desde
los infinitos horizontes
acuden los rebaños a tus manos.
Seguro el porvenir, miras el ancho
paisaje de colinas, esperando
la brisa que te traiga
aquel aroma dócil a tomillo
o el hondo olor a bosque del invierno.
La lluvia viene luego, infatigable,
y se acuesta a tus pies formando charcos
que emigran
hacia el cielo en el verano.
Y por el aire bajan
pájaros y perfumes, hojas secas,
mil cosas
que tú dejas o guardas con mirada profunda.
Cada día te trae una sorpresa,
y tú cantas,
pastor,
cantas o silbas
a las altas estrellas también tuyas.

(Ángel González, "Sin esperanza, con convencimiento", 1961)

14 julho 2008

Shameless

Há 219 anos...



... começou a confusão.

13 julho 2008

Dúvida angustiante

Iniciada a season estival, impõe-se a compra de uma toalha de praia. Todavia, a oferta é ampla, o que causa tormentosas dúvidas às fashion victims. Qual escolher, eis a questão.


Esta?


... ou esta?

12 julho 2008

DIVA



Foi ontem inaugurada no Museu da Electricidade, uma exposição dedicada a Maria Callas, a pretexto do 50º aniversário da sua vinda ao Teatro de São Carlos, onde cantou o papel de Violeta, de La Traviata, ao lado de Alfredo Kraus. Vale a pena fazer uma visita.

10 julho 2008

Schism III

Preciso de férias!!!

09 julho 2008

Uma bela ária, uma bela voz



A ouvir, com deleite, aqui

07 julho 2008

Flower Power

Schism II

04 julho 2008

Reunião


Enquanto umas coisas se dividem, outras não. Há quem reúna em si os dois sexos, e a alegria de ser pai com a de ser mãe. E não, não é o fim da civilização: a história das igrejas em (constante) conflito que aponta Sir Humphrey é bem mais preocupante...

Schism



Terá chegado ao fim a "tempered religion" de que falava Disraeli? A ler, aqui

03 julho 2008

Sonhos 3




Caro Dr. Dude, não é preciso mandar fazer um esquife Vuitton, já arranjei um ( que espero só vir a usar lá para 2050 )

Insuperável



A ouvir aqui

Os novos descasados?

Depois de se assumir contra os casamentos entre pessoas que não querem ter filhos, qual será o novo passo da "nossa" Dama de Ferro? Apelar ao divórcio compulsivo desses malandros, que não se sentem com vocação para deveres parentais? Uma lavagem ao cérebro? Ou, para evitar ilegalidades retroactivas, promover legislação que impeça tão iníquos matrimónios?

O seu confrade socrático já se antecipou, lançando-se com sanha às bodas que por esse país se celebram. A Dona Constança que se cuide.

02 julho 2008

Está livre!

Demasiados anos depois, liberta das manápulas das FARC. É um dia triste para Jerónimo de Sousa.

A propósito das conversas de ontem

Ver aqui

Nota: Este é um private post, por isso escusam os caros colegas de blog de queimarem neurónios na procura de uma qualquer mensagem subliminar de carácter reaccionário