24 maio 2010
19 maio 2010
14 maio 2010
13 maio 2010
Hoje acordei a apetecer-me gerir uma empresa de energia monopolista
António Mexia recebeu €3,1 milhões de bónus pelos lucros que conseguiu para a sua empresa (EDP). Para tal, bastou-lhe ir às reuniões do Conselho de Administração, pois é virtualmente impossível ter prejuízo numa empresa energética quase monopolista. Ganha em bónus mais do triplo dos congéneres britânicos, que trabalham num mercado energético verdadeiramente concorrencial.
A opção política portuguesa é cortar os subsídios de emprego, para incentivar as pessoas a aceitarem empregos que não existem.
O bónus do Mexia dava compensar 18 000 (dezoito mil) dos subsídios mais baixos a serem cortados. Mas os seus beneficiários vivem de acordo com as regras do mercado, das quais os Mexias que pululam em Portugal estão isentos.
Fujam para o estrangeiro, fujam.
Por favor.
07 maio 2010
João Canijo
Entre outras basófias, orgulha-se de minimizar o seu contacto com a actualidade portuguesa, ao recusar ver televisão ou ler jornais nacionais. Acredito que as informações que recebe sobre o que o rodeia, sem que o veja, deva vir das suas reuniões com amigos vanguardistas, cuja rede mantém a máquina que o sustenta bem oleada. Terá, então, do Portugal de hoje um conhecimento mitigado. Sobre outros mundos revelou ter um ponto de vista provinciano e assente em clichés. Assim sendo, de que sociedade percebe ele?
Se dizer que os subúrbios de Lisboa são mais deprimentes de que a cintura de favelas que rodeia a Cidade do México é de uma ignorância pueril, acrescentar que são como Cairo no seu pior é inqualificável; se bem que insultoso para as pessoas que se vêem obrigadas a viver sem condições nessas cidades.
Canijo faz parte de um tipo de pessoas que discursam como os estrangeirados do seculo XIX, sem que o nosso país seja o de então, nem eles tão dignos de atenção quanto tais estrangeirados. Seguramente crê que o mundo e o cosmopolitismo, de que sugere estar embuído, lhe advêm dos jantares e recepções que assiste quando participa em festivais. Só assim se justificam os disparate sobre o Cairo e a Cidade do México.
Um país da treta tendencialmente gera intelectuais da treta, Canijo apenas lhe acrescenta uma sobrenceria intelectual sem fundamento.
Que se fique pelos filmes.
06 maio 2010
Frase do dia: amar uma pantufa.
Jacques Lacan, Le Séminaire IV, La relation à l'objet.
Sim, a frase está descontextualizada, mas GRANDE LACAN!