29 março 2010

Viagem a Jerusalém - 2

O muro das lamentações, sobejamente conhecido de todos.



E o muro dos suspiros, menos conhecido, talvez por lhe ter sido roubada a preeminência pela ponte do mesmo nome.

tbc

25 março 2010

Bas Jan Ader

I totally relate...

22 março 2010

Por aqui flutua Seaweed


Faz um ano passava no meio daqueles dois

13 março 2010

Viagem a Jerusalém - 1

Fui em Novembro... what a roller coaster ride...



10 março 2010

Ora vamos lá ver. É para vender: EDP, REN, TAP, Galp, CTT, e seguros da CGD

A parte boa, que dá lucros, o estado vende a privados.
A parte má, que implica prestar serviços em zonas pouco povoadas e, portanto, prejuízo, o estado paga.

Não sei se o objectivo ao vender empresas públicas, que prestam um bom serviço e dão lucro, é dar prebendas encapotadas a amigos ou equilibrar o orçamento a curto prazo, com prejuízo do longo. Parece-me, aliás, que estes não se excluem.
O que sei é que não é para beneficiar os cidadãos da República.

Mas esses, também, pouco importam.


Citação paradigmática sobre o caso dos CTT
:

«Parecendo estar a resolver agora um problema, o governo está de facto a hipotecar o futuro. Ao vender uma empresa como os CTT, não está a aliviar o Estado de qualquer fardo, porque que os CTT nunca o foram, ou de responsabilidades que podem não ser suas: estará vender Estado, ou seja, a passá-lo para outras mãos. E estará a vendê-lo a baixo preço (vejam-se os valores porque foram vendidas as empresas já privatizadas) porque, em situação de fraqueza negocial do Estado, nenhum comprador estará disposto a comprar-lhe uma empresa pelo seu real valor. Mais grave ainda, estará a vender apenas o que é bom de uma boa empresa, preparando-se para fazer pagar aos portugueses a factura dos serviços sociais não rentáveis, que uma futura empresa privada não vai fazer sem a compensação adequada.»

Bruxelas


O centro do centro da Europa.

Ilustrado e comido










08 março 2010

Primaquê?

05 março 2010

Ora, é só papel...

Miguel Esteves Cardoso, ontem, no Público, sobre isto.

«No Público de anteontem, Luís Fernandes, da Universidade do Porto, ironizou sobre a transformação em pasta de papel, pelo grupo LeYa, “de dezenas de milhares de livros de Jorge de Sena, Eugénio de Andrade, Eduardo Lourenço e Vasco Graça Moura, publicados pela ASA”.

Sempre quis comprar um dos livros destruídos: a antologia de poesia e prosa que Eugénio de Andrade fez e a ASA editou, com o nome maravilhoso e verdadeiro de Daqui houve nome Portugal. Era um livro bonito, grande, muito bem impresso e encadernado, sob a chancela da Oiro do Dia. Li-o na biblioteca de universidades inglesas mas, para vergonha minha (como já o tinha lido, num prenúncio dos malefícios da Internet), nunca o comprei; apesar de achar que, sendo caro, era barato para o que era. O papel era bom. A selecção era boa. Era um livro perfeito – e até hoje não o tenho.

Tenho ligações sentimentais ao grupo LeYa (por causa d'O Independente) e ainda esta semana recebi uma proposta simpática e tentadora da Dom Quixote, que agora faz parte da LeYa. Mas que posso fazer quando uma grande editora, recém-formada e sem qualquer tradição literária, transforma um livro que era caro de mais para eu comprar em pasta de papel? É de vomitar. Não podemos dar dinheiro a quem só pensa em dinheiro. José Saramago – mau escritor mas boa pessoa, na minha miserável opinião – foi enganado. Eugénio de Andrade e Jorge de Sena – um grande poeta e um génio – foram ultrajados.

Desejo sinceramente que a LeYa se foda.»

04 março 2010

Carta aberta ao amigo J.

Querido Amigo,

Estou muito preocupado contigo. Disseram-me que detestas gente humilde, que acreditas que a corrupção é um facto da vida, aceitável, e que o bom futebol é irrelevante...no futebol. Enfim, que és um anti-benfiquista.

Não sei como te aconteceu tal desgraça.


Logo o Benfica, que é desestabilizado pela imprensa constantemente, um clube que luta contra as elites, poderes obscuros e a cultura de corrupção instalada no nosso futebol.

O Porto é, talvez, o clube mais corrupto deste lado do Elba. De tudo já se provou contra ele em termos de corrupção: nomeação de árbitros a seu pedido, cabalas em conluio com a imprensa, contratação de prostitutas para os árbitros dos seus jogos, etc.

Há mesmo facturas do pagamento a um árbitro (Carlos Calheiros), feito através de uma viagem para toda a família do corrompido! O clube não o negou (bem, há uma factura), mas disse que foi um erro da contabilidade. Para o Porto a corrupção é elemento normal do futebol.

O Sporting, por seu lado, é um clube da elite, dos sulistas, elitistas e liberais; sempre a invejar o Benfica, e a ser jocoso para com os seus adeptos. Frequentemente se alia ao Porto (de quem é, na prática, apenas uma filial). Falam
dos benfiquistas com desdém, a quem epitetam de bimbos, desgraçados, povinho, etc.

Finalmente, depois de muitos anos, fruto de faltas próprias (demasiado povo na sua direcção...?) e ataques externos, o Benfica joga futebol como deve de ser.

Não posso, por isso, acreditar que tu, querido amigo, sejas contra o bom futebol, que defendas os opressores contra os oprimidos e a corrupção como business as usual.


De certeza que falavam de ti?

02 março 2010

A mercenária 1.

10 da manhã. Seaweed, a mercenária, sai de casa tarde e a más horas, com uma mochila titânica às costas. Computador, farnel e outros apetrechos eléctricos que dão jeito a certas mães em apuros. Passo adiante. Destino: BNF. Que é como quem diz, BIBLIOTECA NACIONAL, esse templo do saber. Seaweed não põe lá os pés desde Novembro, altura em que se lembra de comer dois Twixes por volta do meio-dia, assim meia-hora antes de ir almoçar com a amiga. Tinha muita fome. Outros tempos. Seaweed, a mercenária, resolveu que ia ganhar uns trocos escrevendo nas suas horas vagas (?) notícias biográficas para um catálogo de uma exposição que não interessa ao Menino Jesus. Ou que talvez interesse ao Menino Jesus: é sobre a esperança na arte contemporânea. Sem comentários. Seaweed chega ao seu local de destino e depara com o cenário-catástrofe: trinta infelizes vagueiam quais almas penadas às portas da caverna mística do saber, esmagados pelo peso de mochilas igualmente titânicas. The horror, the horror! Não há lugares! Seaweed, a mercenária, chegou tarde e a más horas, apesar de estar de pé desde as 7 da manhã.

Problema. Problema grave. Seaweed não está para dar meia-volta. A funcionária antipática que guarda a entrada do templo é peremptória: "você hoje nunca terá lugar". Ah não? Isso é o que tu pensas, oh lambisgóia desdentada, pensa Seaweed para consigo, enquanto pede à bruxa malvada para pegar no telefone e ligar para o INA. O que é o INA? É o Instituto Nacional do Audiovisual. Fica na BNF, exactamente na sala onde a Seaweed gosta de trabalhar. Em geral, está às moscas. Seaweed nunca lá pôs os seus graciosos pés, mas há sempre uma primeira vez...

(To be continued, quando o puto deixar).