28 fevereiro 2008

Brevemente num cinema perto de si

Sense of duty



A ler aqui

Brincar aos médicos

Hoje tentei ir ao médico tratar de maleitas normais em alguém que sobreviveu até à minha provecta idade. Claro que as coisas não correram bem, ou sequer satisfatoriamente. Depois de estar à espera de uma consultazinha desde as 6h45 sou informado, às 8h15, que a minha médica não vem. Um congresso qualquer se interpôs entre nós.

Como tenho algo que realmente me incomoda (ao contrário de 2/3 das pessoas que estavam na sala) pedi para marcar uma consulta. Só para 2 de Abril. A alternativa é ir tentando todos os dias às 6h45 até haver um dia em que a médica não falte. É curioso que só consiga uma consulta para daqui a 33 dias. No meu centro de saúde em Inglaterra não era permitido marcar uma consulta com mais de 48h de antecedência. Como quem diz: «Queres vir ver o médico?! Ah, então tens de avisar em cima da hora, só estamos disponíveis quando realmente tens um problema».

Bem, já que lá estava, sem consulta, resolvi ir vacinar-me contra o tétano (não me vá magoar com algum ferro enferrujado). Infelizmente, também não pode ser. A vacina estava esgotada.

Disseram-me para me ferir com um prego e só então marcar uma vacinação, na melhor das hipóteses para 31 de Outubro. Nessa altura se verá se o enfermeiro não terá ido às Bermudas a um congresso sobre a ruptura de stocks de vacinas.

26 fevereiro 2008

Liberdade para o berro

Epá, os fumadores falam do fascismo inerente à recente lei do tabaco. Arranjam artimanhas morais e legais para alegar a imoralidade e inconstitucionalidade de uma lei que nos protege a todos de malefícios para a saúde, e propiciam um ambiente com menos petróleo. Que é uma liberdade pessoal violada, que, qualquer dia, não poderemos comer gorduras e beber alcóol, que é fruto de fundamentalistas inconscientes (quase dementes), tudo serve de alegação para defender o seu direito a se estarem a lixar para os demais.

Resolvi sair do armário em solidariedade com os perseguidos fumadores. Vou deixar de me reprimir. Há muito tempo que prejudico o meu bem-estar abstendo-me do meu prazer/necessidade de gritar e imitar a buzina do pavilhão de Paço de Arcos. Creio que os meus direitos individuais não podem continuar a ser suprimidos desta maneira insensível. Vou começar a gritar aos ouvidos dos meus companheiros de café/restaurante/escritório. São os meus direitos e bem-estar pessoal que estão em causa.

22 fevereiro 2008

Quem pod, pod

20 fevereiro 2008

Jose Mourinho na Setanta

O sotaque de Newcastle também vale a pena.

19 fevereiro 2008

Cuba Libre

14 fevereiro 2008

Procuradores do DIAP

Estes procuradores são, na melhor das hipóteses, incompetentes e caras de pau. Creio, contudo, que alguns deles serão bem piores. Não só lá mas por todo o país. O caso Bexiga é apenas o mais visível, o mais óbvio. O tipo sofreu o que sofreu, há autores morais CONFESSOS do crime e, dois anos depois, arquivam o processo. Como é possível? Deve ser complicado é não fazer justiça num caso aparentemente tão fácil, e de forma tão descarada. Se é assim com este caso, como é que nós, comuns cidadãos, podemos esperar que seja feita justiça (ou que pelo menos se tente fazer) quando formos nós as vítimas? Que confiança podemos ter nós no estado de direito?
Porém, não contentes com isso, os tipinhos do DIAP vão processar o réu! Como quem diz: «o tipo já levou nos cornos e ainda não percebeu!?»
Percebeu, percebeu. Percebemos todos.

13 fevereiro 2008

Unnecessary and cruel

Millions of animals are suffering unnecessarily at the hands of meat traders by enduring cruel, drawn-out journeys across the world to be slaughtered on arrival.

Across the world, more than a billion live animals are transported every week, many over long distances. Australia, the world's largest exporter of live animals, sends more than four million live sheep every year to the Middle East. Shipped in cramped, poorly lit dens, the journey takes 32 days. Three sheep are crammed per square metre in the ship's hold, causing many of the animals to die of suffocation before encountering the slaughterhouse weeks later.

Those sheep that do arrive are fattened before being killed in accordance with Halal butchery laws. Eighty per cent of Australia's abattoirs are Halal-certified, raising the question of why they could not be slaughtered in Australia and transported frozen. They are transported in such cramped conditions that many die of suffocation on the way. On arrival, they are killed according to Halal butchery laws.

Many live exports are undertaken to make the fraudulent claim that the animals are home-reared. In Spain, thousands of horses are illegally crammed into lorries for a sweltering 46-hour journey to Italy. Despite EU regulations which should protect the animals on the filmed routes, the horses are denied adequate rest ,food and water, and endure temperatures of up to 40C so that the meat can be marketed as being of "traditional Italian" origin.

Speaking on behalf of the International League for the Protection of Horses, Jo White said: "Long distance transport for slaughter is the biggest single abuse of horses in Europe, with around 100,000 involved in the trade. The ILPH is committed to ending this unnecessary suffering and with the review of EU legislation next year, urges the public to demonstrate its objection to this inhumane trade as a matter or urgency."

Canadian pigs, in conditions just as obscene, are condemned to a 4,500-mile journey by land and sea to Hawaii, so that, when slaughtered, their carcasses can be sold as "Island Produced Pork". For nine days, hundreds of pigs are crammed together in the dark, standing in their own excrement. Exhausted and hungry, they become ill, vomiting from motion sickness and waiting for long periods without food.

From Brazil to Lebanon: Zebu cattle are forced to live in their own excrement during this appalling journey; some of the 2,500 animals on board die on the way from heat stroke or respiratory disease. The rest are killed on arrival.

An undercover Compassion in World Farming investigator tells of seeing zebu cattle arrive in Beirut on a ship from Brazil:

"When I boarded the ship the first thing that hit me was the smell. Even before it had docked you could smell it, a combination of ammonia from the stale excrement, the sweat of the packed cattle, and diesel from the ship.

"I didn't have to look hard to see the effect of this. I saw two cows lying dead as soon as I got on board; the crew had been unable to get them out from among the live animals, who were living virtually on top of their carcasses. I'm not a vet, but it looked like the impact of that journey had been too much for them.

"The crew said there were 2,500 cattle on board, and you had animals falling down that couldn't get up again because they were struggling to find the space to stretch their legs. It was so confined they were constantly pushing against each other, even while the ship was stationary. I dread to think what it would have been like when the ship was moving. It was a very stressful environment; the noise of the engines and the dark made it unbearable for me being down there for just a few hours, but I can't imagine what it was like for the animals on that 17-day journey. In Lebanon, the temperature was in the high 30s, but in the metal hold of a confined ship it was unbearable.

"And at the end of this brutal process, the very reason for their live transportation seemed defunct, as they were slaughtered in front of each other, a practice not considered halal by the experts I consulted.”

"As we stood there filming, all I could think was, 'This is so unnecessary and so cruel'."

Artigo na íntegra com alguns vídeos

Transporte de animais por mar

10 fevereiro 2008

Um aliado do VPV vindo do Além


Luiz Pacheco sobre o Sousa Tavares:
Esse é um estupor. Ele, a mãe e o pai.

Archbishop of Canterbury

09 fevereiro 2008

Eu prefiro a agulhinha debaixo das unhas

A Fox news é putrefacta. Ok, nada de novo ou discutível por pessoas de bom senso e boa fé. Porém, e eu sei que vejo isto com os olhos de um europeu (os únicos que tenho), mas as coisas que se defendem publicamente nessa emissora fazem-me lembrar a falta de pudor crescente na res publica portuguesa. Por cá são ex-políticos que cobram favores concedidos às grandes empresas à custa do contribuinte descaradamente (Lusoponte), grandes empresários (que nunca empresariaram realmente) que recebem chorudas compensações por ludibriar o estado e os seus próprios clientes (BCP) -, e que noutros países estariam presas, como ainda no outro dia o Silva Lopes nos recordou -, TGV's que são criados por capricho e para auxiliar algumas contas particulares, graças a contratos que não deveriam existir, etc, etc, etc.

Nos Estados Unidos as coisas são à grande, defende-se descaradamente que quem não tem dinheiro não deve ter acesso a cuidados de saúde ou ataca-se quem é contra a tortura em Guantanamo. São níveis diferentes de obscenidade.

06 fevereiro 2008

Livros sagrados

A ignorância sempre foi um pouco assustadora, em geral. É mais ainda quando dotada de poder. Já sabemos que pior que um idiota só um idiota com iniciativa. Muitas pessoas enchem a boca com Deus e com os seus mandamentos, mas pouco os conecem realmente. "Sabem" que Deus abomina os homossexuais mas um terço dos cristãos americanos acha que Billy Graham foi o responsável, e um quarto deles não sabe o que se celebra na Páscoa (!!). Não conhecem o acontecimento marcante do cristianismo, a principal razão para não serem todos judeus, mas sabem que Deus é contra o preservativo. É notável.

Mas nem tudo é mau. Num período da história em que as línguas desaparecem como pints em pub inglês a Bíblia é, em boa parte, responsável pelo reavivar de algumas línguas moribundas, mas, mais importante, pelo estimular da gramática e vocabulário de uma língua há muito desprezada, o Klingon.

01 fevereiro 2008

IN MEMORIAM

Cuidado com o que desejas....

A Julia Roberts disse uma vez: «Republican comes in the dictionary just after reptile and just before repugnant.»

A verdade é que não é bem assim, como poderão verificar no dicionário mais próximo, mas percebemos a ideia. Só estou para saber que raio lhe fizeram os répteis.

Até há pouco tempo desejava que o McCain fosse o candidato republicano. Quer fosse por lhe desagradar que armas automáticas se comprem como rebuçados, por ser contra a tortura, ou por não achar que o mundo foi feito por Deus há quatro mil anos atrás (coisas raras num republicano). Porém, agora que o tipo está a ganhar força, temo-o. Afinal, parece ser o único que pode derrotar os Democratas em Novembro, e não nos podemos esquecer que, apesar de tudo, o tipo é republicano de coração; entre outras coisas defende a pena de morte e o «direito» das pessoas morrerem sem ser assistidas simplesmente porque não têm um seguro de saúde.