30 junho 2008

Sonhos 2


Sem querer pôr em causa os gostos refinados de V. Exa., permito-me sugerir-lhe que saia deste mundo com um pouco mais de estilo e originalidade. O seu mestre de cerimónias não deixará de apreciar as ofertas aqui em exposição, todas vindas do Ghana. Esqueça essa carcaça britânica (provavelmente fabricada na China por engenheiros alemães), aposte nas Tradições da Velha Mãe África.


E repare que poderá manter-se fiel a algumas das suas idiossincrasias mais arreigadas, escolhendo um pimp casket como este (podemos mandar fazer em versão Louis Vuitton):

Realidade II



Pelo andar da carruagem, é bem provável que no dia em que me pagarem eu já tenha apanhado boleia num veículo destes

Realidade

Enquanto não pedes que te paguem...

Sonhos



O novo modelo da Rolls Royce, o Phantom Coupé

29 junho 2008

TIRANO



Nota: reparem no pequeno bigode do cavalheiro, a fazer lembrar um seu colega de profissão

Momento Escobar

Já que Sir Humphrey insiste em bombardear-nos com imagens de gosto duvidoso, talvez aqui encontre mais um momento de felicidade.

28 junho 2008

Momento Paula Bobone



É hábito os chefes de Estado em visita ao Vaticano usarem um fato escuro, de preferência preto e uma gravata da mesma cor, na audiência papal. O Presidente Cavaco Silva cometeu uma gaffe inexplicável, como a imagem demonstra. Se o PR não é suficientemente atento a estes detalhes, pergunto para que serve o chefe de protocolo. Valeu-nos Maria Cavaco Silva, que salvou a honra do convento, vestindo de negro e usando, como mandam as regras, uma mantilha.

De volta às questões polémicas



Contrariando a proposta apaziguadora do Dr. Dude, vou falar de... futebol. Embora duvide que tenha paciência para assistir à final do Euro, vou torcer por Espanha. Viva España!*

*Sei que devia ter escrito um ponto de exclamação ao contrário no início da frase, para que ficasse correcta, mas o meu teclado não tem dessas espanholadas. Talvez o JPP, que até símbolos partidários consegue pôr de pernas para o ar, me explique como escrever um simples ponto de exclamação em posição invertida.

Sugestão do não-chefe


Chicos, sugiro que esqueçamos por um momento os nobres, os abortos e a bola, e nos entreguemos juntos às delícias da carne.

Aqui vai a receita do cocido madrileño, uma especialidade da cozinha local que consegue superar em substância o cozido à portuguesa. Incrível. Radagast, tu ficas com os garbanzos.

Ingredientes para 6 personas aproximadamente:

  1. Medio Kg de garbanzos.
  2. 150gr de chorizo.
  3. 50gr de tocino.
  4. 300gr de falda.
  5. 1 hueso de rodilla.
  6. Una punta de jamón.
  7. Un trasero de gallina o esqueleto de pollo.
  8. Un poco de espinazo fresco.
  9. Una zanahoria.
  10. Un puerro.
  11. Un nabo.
  12. Una ramita de apio.

receta  cocido madrileño

Pasos a seguir en la receta:

Se ponen los garbanzos en agua durante 12 horas aproximadamente, es decir que si vas a hacer el cocido por la mañana es suficiente con que los metas en agua antes de acostarte.

Se colocan los garbanzos, el tocino, la falda, la rodilla, el jamón, la gallina y el espinazo en una cacerola grande y se cubren con agua. Lo pones a fuego medio y desespumas. Si no sabes lo que es desespumar lo vas a comprobar cuando lo hagas; la carne al hervir comienza a soltar espuma que hay que quitar para que no deje mal sabor.

En un cacito a parte cueces un poco el chorizo para que suelte la grasa y luego lo añades al resto de la mezcla (sin el agua en que lo has hervido claro).
Una vez has metido el chorizo y has desespumado añades las verduras.

Se añade sal al gusto.

Se deja hirviendo a fuego lento hasta que los garbanzos estén blandos, varía en cada casa (aproximadamente 4 horas). Ir añadiendo agua según se evapore. Cuando los garbanzos estén casi blandos dejar de añadir agua y dejar otra media hora.

Y así queda:

receta  cocido madrileño

À diferença do cozido português, este come-se com uma sopa feita com o caldo da carne... Hmmnhamnhamnham... Depois dorme-se uma sesta até às sete, e inventa-se um post qualquer para o blogue.


Esclarecimento

No mesmo sítio há quem explique.

Em termos práticos:
«um aborto voluntário pode ser por razões médicas - mal-formação do feto, por exemplo, ou gravidez ectópica. e mesmo que seja um aborto voluntário por escolha não médica, é uma intervenção cirúrgica que implica repouso e faltas ao trabalho.»

Mas admito que exista a opinião "Malandra, quiseste abortar agora vai esvair-te em sangue para o trabalho"

Em termos jurídicos:

«E que tal não deturpar o conteúdo do diploma e lê-lo até ao fim?

Em primeiro lugar, lendo o artigo 2.º percebe-se que a finalidade do diploma é a de assegurar compensação por perda de remuneração decorrente das eventualidades descritas no decreto-lei, daí que falar em subsídio à realização de aborto não corresponda à realidade - o que está em causa é compensar a perda de remuneração decorrente das eventuais consequências da interrupção da gravidez.

“Artigo 2.º
Os subsídios sociais previstos no presente decreto -lei
concretizam -se na atribuição de prestações pecuniárias
destinadas a garantir rendimentos substitutivos da ausência
ou da perda de remuneração de trabalho, em situações
de carência económica, determinadas pela inexistência
ou insuficiência de carreira contributiva em regime de
protecção social de enquadramento obrigatório ou pela
exclusão de atribuição dos correspondentes subsídios do
sistema previdencial.”

Depois, continuando a ler e chegando ao ponto relativo à interrupção voluntária da gravidez fica claro que os requisitos são mais apertados temporalmente que nas demais prestações e que a atribuição do subsídio depende de demonstração de existência de período de incapacidade para o trabalho:

“Artigo 10.º
3 — Em caso de aborto espontâneo ou de interrupção voluntária da gravidez o período de concessão varia entre 14 e 30 dias, consoante o período de incapacidade para o trabalho determinado por prescrição médica."»


27 junho 2008

Dúvida

Alguém me consegue explicar isto?

26 junho 2008

Ofertas

Os alemães gostam de guarda-redes mediterrânicos. Primeiro o Ricardo e agora o Rustu ofereceram vitórias a esta equipa mediana. Rustu surpreendeu-me. O Ricardo confirmou. Depois de nos ter privado do campeonato de 2004 (se já se esqueceram podem rever aqui), ofereceu dois golos contra a Alemanha. É obra, um jogador com influência no desfecho de dois campeonatos da Europa!

Como já tinha dito antes, o Scolari prefere perder na sua do que vencer com a melhor opção. E assim perdemos dois campeonatos da Europa (ou pelo menos um campeonato e a possibilidade de outra final).

Em jogos oficiais, com Scolari, se retirarmos os jogos com: Casaquistão, Azerbaijão, Arménia, Liechenstein, Letónia, Estónia e Luxamburgo, ganhámos 11 jogos.
I.e., ganhámos 2 jogos por ano a equipas decentes (considerando entre estas a Eslováquia, o Irão ou Angola).

Estou disposto a apostar com quem quiser que, com o próximo seleccionador, vamos ter mais do que 60% de vitórias (no total) em jogos oficiais, assim nos calhe Casaquistão, Azerbaijão, Arménia, Liechenstein, Letónia, Estónia ou Luxamburgo.

Vale a pena rever



Elizabeth. The Golden Age. Um filme esteticamente muito conseguido e com uma interpretação soberba de Cate Blanchett, que surge simplesmente deslumbrante. Com uma Rainha assim, até o Dr. Dude seria monárquico... e o Radagast voltaria a sê-lo.

25 junho 2008

Lixo de luxo

23 junho 2008

Palhaçadas de direita



A ler, aqui

22 junho 2008

What's It Gonna Be?

...now, if you even real cared about that vagina of yours you wouldn't leave it in the hands of an amateur...

21 junho 2008

Continuity and Tradition II



Este casamento faz as delícias de qualquer conservador empedernido. Felicidades aos noivos!

20 junho 2008

Epifania no arquivo

É raro eu ficar comovido com papeladas de arquivo, mas hoje aconteceu. Eis o traslado de uma carta que um soldado raso português escreveu à sua mulher durante o cerco de Badajoz, em vésperas do dia de São João de 1658. É preciso ler várias vezes para perceber, mas vale a pena.

"Muller Maria Carualho – Eu Sali de nossa cassa con desejo de fartarme de Sangre de Castejaos, mas por, à Hostia de Deos que anda, o, mundo á sucessos,, ya os teño escrito, o, valor de nossa gente, por en, os Castejaos andan con o Cu, en Cassa, mas nos, espallados os oteiros, ben que naon escaeçemos, porque todas às manaas Almorsamos Tigres, que basta auer comido paun en oliuença los que estaua en su forte, para que ò sejan,, Ó, que os dó por nouas, e, que de lá cà morren, e les de medo, los nossos de Valentes – Vicente Pereira Captiuo Un Cappitan como Un escaraballo, que eu tuue por Vergoña el Vélo noso prisonero, e si todos saun assi, noun à en Badajos para meo Compadre Un penique,, en estes tres dias eu Juro de Vos lebar oito Castejaones que vos siruan e dous à miña filha Maria, que son dez,, e si tudos lebaran como eu naon á gente en Castela, para lebar – Toudos estamos áhora traballando, el, es, façendo Bonetes á ó forte, e, nos as fundas – e si seus Cabalos foran de Pau, como os nossos, poco cuidado auia que tér – Diçe un presso que collimos onte, que sous cabalos auiaon de beber en Aldea Galega, mas eu naon creo, mas por sí, o, por naon, esperaime de bolta en Zetubal – nosso Geral Joaon Mendez está podre de que naon se faz cousa con cousa, mas, é, que naon nos dejan, y el, é cuida, que naon queremos – Miña muller esto vos digo en segredo, Juro a Deos que como manaas de Ratos, nos espichan que eu con coñeçerme los téno medo – A Reliquia de san Jorge teño comigo, naon sé si me aproeuitará, que con una de sancto Antonio morreo meo sargento mór – La capela lo à dito, que o dia que tiramos as duas peças, à ó Conuento de San Domingos, le apareçeo ò Sancto, naon se que vos diga, Ele é Parente de nossa Reyna, mas, e, castejao, que co isto ó digo tudo,, façeime Una Romeria discalça con mea filha maria, à ò seiñor san Lourenço – Dios vos garde, que inda aueis de facer paun mole en Castela, e heu, e de coumer dele – do Cordoun do sitio de Badajos, oje 22 de Junio de 1658 – Vostro Marido – Thome Rastrollo."

Tomé Rastrolho morreu no dia seguinte, ainda com a carta no bolso, no campo de batalha..

Mas o choque, tive-o ao virar a página, onde começa um tratado sobre as grandezas das monarquias do mundo, e diz assim:

"Cap. 1. Em que se mostra por exemplos que as mayores monarquias do mundo tiuerão seu principio augmento, e dilatação com as armas de seus conquistadores."

Filhos da puta.

19 junho 2008

Recomeçou o pesadelo de Sócrates

Incoerência

18 junho 2008

Felicidades!

Del Martin e Phyllis Lyon casaram-se depois de quase sessenta anos de relação. Puderam oficializar o seu amor, libertas, finalmente, dos constrangimentos impostos por outros, por aqueles que se acham no direito de interferir na intimidade alheia.

É uma vitória da liberdade responsável e do respeito pelos demais; do respeito por todos, incluindo por aqueles com vidas menos comuns, e que não têm direito a menos simplesmente porque são diferentes. Que seja esse o caminho a ser seguido pelo ser humano.

17 junho 2008

Eternity



16 junho 2008

Continuity and Tradition

I doubt that

15 junho 2008

Porto de Mós c'est moi!

Mais importante que o Castelo é o sr. José Ferreira. E que este é Dr.. Isso que é não se pode esquecer!

13 junho 2008

Fora da UE! Já!

Bem sei que há muita gente que não gosta da UE, de que é exemplo o meu amigo Sir Humphrey, e que por isso fica contente com qualquer retrocesso ao seu desenvolvimento. Eu não. A Irlanda cospe no prato que lhe deu proteínas suficientes para se dar ao luxo destes caprichos, e vota pela perpetuação de Nice. O Tratado de Lisboa tem aspectos negativos, é certo, mas menos que o de Nice, desequilibrado e com tendência a provocar rupturas que dissolvam a UE tal como a conhecemos. Esquecemos depressa o que nos deu a CEE e a CE, agora UE (não digo a Portugal mas à Europa) e por isso, do alto do nosso conforto que julgamos inalienável, peroramos contra a "maldita" Bruxelas. Temos memória curta.

Porreiro pá!



Os irlandeses disseram não ao Tratado de Lisboa. Obrigado!

10 junho 2008

Estive na praia

07 junho 2008

Vida de cão II

06 junho 2008

At last!

03 junho 2008

Admirável



Chamam-se Frank e Anita Milford e vivem num lar de terceira idade em Plymouth. No passado dia 26 de Maio comemoraram o octogésimo aniversário do seu casamento, celebrando ambos, também este ano, cem anos de vida. Nos tempos egoístas e hedonistas que correm, em que o divórcio se transformou num mero procedimento administrativo, devemos ter em atenção a lição de vida que os Milford nos dão. Parabéns ao vetusto casal!

02 junho 2008

Uma questão de perspectiva

Hubble Deep Field

Yves Saint Laurent ( 1936 - 2008 )

01 junho 2008

Quem não gostaria de ter um saco destes?

Começou a Operação Alienação