26 dezembro 2007

Os ares do México fazem bem à família

21 dezembro 2007

Desacordos ortográficos

Anda tudo uma rebaldaria por causa do acordo ortográfico. Ora porque é uma cedência aos Brasileiros, que nos estão a colonizar lingusticamente, ora porque é uma reforma indispensável, e que até peca por escassa. A verdade é que isto parece estar a tornar-se numa coisa clubista, com argumentos que se anulam uns aos outros e incongruências argumentativas notórias.

Agualusa vem dizer que «para um país como Angola é muito importante aplicar o acordo, porque este vai fazer aumentar a circulação do livro e facilitar a aprendizagem e a alfabetização, que é, neste momento, a coisa mais premente para Angola e Moçambique».

Bem, não tenho uma posição formada em relação a este acordo. Por princípio, não me parece mal que se aproxime a ortografia à pronúncia. Tenho a certeza que há coisas mais importantes para as nossas sociedades, e até para a promoção da nossa língua, mas um pouco de clarificação nunca fez mal a ninguém, apesar dos possíveis (e sempre presentes) excessos de zelo.

Agora, eu gostava era de saber como é que o acordo, só por si, vai «aumentar a circulação do livro». Parece fazer-se do acordo ortográfico um acto de Deus, a panaceia para toda a nossa iliteracia. Na mais secular das hipóteses, um comprimido, que depois de tomado vai fazer os putos dos PALOP aprenderem a ler, os Brasileiros a perceberem os Portugueses e estes a escreverem a nossa língua como deve de ser.

Está feito o acordo, que se avance com ele. Politicamente já nada se pode fazer, e a sua aplicação pode evitar o pronunciar de mais alguns disparates.

18 dezembro 2007

FELIZ NATAL

16 dezembro 2007

Quando oiço falar de probabilidades puxo logo da pistola.

Esta semana tentaram roubar-me o carro. Já é a terceira vez. Parece que os Puntos de 94, para além de serem bonitos (e terem donos bonitos), são fáceis de roubar, e por isso muito procurados pelo honesto gatuno para as suas lides nocturnas. Claro que o meu, por várias razões (para começar está bem adestrado) não é tão fácil de levar quanto isso. Mas escafedem-me sempre o carro.

Nos últimos dois anos assaltaram-me o carro três vezes e a casa uma. Se esta média continua assim, e se eu viver até aos 82 anos, serei assaltado mais cem vezes. O que é uma bonita média e confirma a ideia de que a lei das probabilidades são puras balelas. Por isso queria deixar aqui uma mensagem ao João Soares: não se fie nessa de que nunca mais vai ter um acidente de avião!

12 dezembro 2007

Jeremy Paxman Vs Michael Howard

Uma célebre entrevista, em que se leva quase ao absurdo a ocultação do que não se pode responder.

Gosto mais desta versão (mas não era postável); entre os 4:15 e os 6:00 temos este excerto.

10 dezembro 2007

Os ( novos ) malefícios do tabaco

09 dezembro 2007

Triângulo odioso

08 dezembro 2007

Isn't Europe a country?

Para quem sempre achou que Hungary soa a hungry, e que os americanos não são o povo mais educado do mundo, eis a prova (youtube). A senhora é uma estrela da country pop.

07 dezembro 2007

O falso pessimista

Pulido Valente (PV) diz que não é pessimista. É um bocadinho como o falso lento (tipo Pedro Barbosa). O único problema nestes epítetos é o «falso». Mas não faz mal, a sério que não. O Pedro Barbosa era agradável de se ver jogar e o Pulido Valente é...bem, talvez agradável não seja o termo, estimulante, vá lá, de se ser lido. Porém...porém, o PV não é verdadeiramente um pessimista, antes sim um muito elaborado «bota-abaixista». Não é o típico «bota-abaixista», porque esse, em geral, tem bigode e ganha a vida a transportar pessoas de um lado para o outro, desrespeitando duas regras de trânsito por cada metro de estrada. Pulido Valente é muito mais que isso. É muito inteligente (ou pelo menos as pessoas têm medo de dizer o contrário), escreve bem e é entretido deitar os olhos pelas linhas que redige. Tem a coragem de dizer coisas que muitos pensamos (e também dizemos, mas só aos amigos).

O problema não é que ele diga coisas como: «só neste país»; ou insinue que Portugal é um país de 3º mundo várias vezes por semana. Isso todos fazem. O ponto é que o PV diz mal de virtualmente tudo. Há artigos sobre a temperatura da água em que diz que a água fria faz mal aos ossos e deveria ser banida, que os que gostam de água quente devem ser cretinos e os que preferem água morna são mariquinhas. Tudo besuntado com a insinuação de que no estrangeiro (o maior país do mundo) é que é. Ele sabe porque já lá esteve. Esta deve ter-lhe ficado do tempo em que ser estrangeirado, pela sua raridade, era motivo de estatuto. Já não é, e alguém se esqueceu de lhe dizer.

Pulido Valente tem a sua pena apontada a tudo o que mexe, a tudo o seja minimamente aprazível (a não ser que seja um charuto) ou simpático (ou horrível, na verdade pouco importa). É pena, porque tem razão montes de vezes. Contudo, a sua fama impede as pessoas de aceitarem a realidade apenas porque foi ele que a verbalizou. É por isso que o Miguel Sousa Tavares pode passar incólume à aturada análise do seu último livro (ah, foi o PV que disse que era mau? Então até pode ser que seja genial. Mas, pelo sim pelo não, deixem-me enviar-lhe um SMS dizendo que lhe vou partir as rótulas). E isso não lhe perdoo; se o PV quer que uma obra seja vilipendiada em público deve optar por não a criticar. Até porque, se perceber tanto da história da I República como de futebol, o MST até pode ter dito que o Afonso Costa matou o Buiça. See if I care.

05 dezembro 2007

French and Saunders; You are exactly the right weight for your size

04 dezembro 2007

Jardim Gonçalves no desemprego...



Pobre homem; e ainda vai ter o filho a viver à sua custa, sem banco e clientes para esmifrar. Não pode ser, temos de fazer alguma coisa!

03 dezembro 2007

Parabéns, Venezuela!



Os venezuelanos recusaram a institucionalização da ditadura. O projecto autocrático de Chavez sofreu o seu mais duro golpe. Citando um velho slogan muito caro à nossa esquerda, o povo é quem mais ordena... e o povo não quer que o seu país se tranforme numa nova Cuba. Esperemos que o presidente venezuelano respeite a sua vontade, democraticamente expressa.