27 abril 2007

Clara d'Ovo na BBC!

Coisas simples, sim, também eu gosto de respirar na luz!

"Four years ago, the Brooklyn-based psych-folk band Animal Collective played at the Numero festival in Lisbon. After the show, while most of the band and crew were heading off into the night with their partners, drummer Noah Lennox was left alone at the venue. A local man took pity on him and invited him to hang out with his friends, one of whom Lennox promptly fell in love with. Within a year, he had relocated to Lisbon and married her. Within two, they had produced a daughter."(...) In his mellow, fuss-free way, he sounds extraordinarily happy. "I'm in a place, not only mentally but physically, that's sunny," he reflects, sounding amazed by his own good fortune. "There's a lot of light in my life.""
in Guardian, hoje, a propósito do novo disco de Panda Bear

PS- "Bro's" é candidato ao tema mais longo melhor de sempre.
Na mesma edição do Guardian ficamos a saber que a Bjork não só rejubila com os Associates como se curva perante Amália!

Maravilhas...

Ainda no seguimento dos concursos parvos, escolhem-se actualmente as Sete (novas) Maravilhas do Mundo e - preparem-se - as Sete Maravilhas de Portugal. Vale a pena dar uma vista de olhos no site nacional... Quem de seu pleno juízo votaria no Convento de Mafra ou no Castelo de Guimarães para "maravilha" de alguma coisa ? E já agora, permitam-me o bairrismo, mas porque é que a Baixa Pombalina e a Ponte Vasco da Gama não figuram entre os 77 (setenta e sete!) nomeados?

Quem tem razão é a DGEMN (Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais). Na sua página de abertura tem uma fotografia de Paraty. Para quem não saiba, é no Brasil. Para bom entendor, meia palavra basta.

PS: No mesmo site das maravilhas nacionais, também se podem escolher as "7 maravilhas da gastronomia portuguesa". Entre os finalistas encontra-se, por exemplo, a Francesinha... A Francesinha?! A Francesinha merece um outro post!

26 abril 2007

Progresso - estilo holandês.


Haarlem, sexta-feira passada.

À Miss Mishish de vos mostrar a Primavera - estilo holandês...

Gastronomia - estilo holandês.



Puré de batata com espinafres (havia com endívias) e salsicha fumada. Comidos - e apreciados - em Amsterdão no sábado passado.

25 abril 2007

Ainda aquele cartaz.

Leio no Público o seguinte:

A PSP está a proteger o cartaz do PNR no Marquês de Pombal, na sequência de actos de vandalismo de jovens durante o desfile das comemorações da Revolução do 25 de Abril. Havia pequenas escaramuças com jovens, alguns dos quais do movimento juvenil XXXXX, próximo do XXXX. Junto ao local estava parada uma carrinha da polícia de choque. Os jovens estavam a atirar tomates e outros alimentos que conspurcavam o cartaz.

Não me lembro NUNCA de ter visto a PSP a proteger cartazes de "actos de vandalismo". Nem de ver a PSP a proteger as paredes de Lisboa contra "actos de vandalismo", ou os assentos do autocarro contra "actos de vandalismo", ou as portas das casas-de-banho públicas (em particular nas universidades) contra "actos de vandalismo". Deve ser porque é 25 de Abril e, como alguns têm repetido, o cartaz do PNR faça parte da vida democrática. É verdade, faz. Ainda que, claro, o mesmo cartaz do PNR ponha em causa o tal nº 4 do artigo 47 que o PNR gostaria de ver abolido da Constituição Portuguesa (e tem-no dito publicamente):

“Não são consentidas associações armadas nem de tipo militar, militarizadas ou paramilitares, nem organizações racistas ou que perfilhem a ideologia fascista.”

Já sei que a letra da lei é larga e que a ideologia do cartaz está aberta a interpretações. "Façam boa viagem", por exemplo, até é simpático. Conclusão: 33 anos depois, foi-se já o direiro de atirar tomates...

24 abril 2007

Chucky Egg.



Hoje tive uma recaída e tentei instalar o Chucky Egg no meu computador. Felizmente, sem simulador Spectrum, não há versões compatíveis com Mac (e não quero instalar um simulador). Desistanlei o Chucky do meu antigo PC há já quase seis anos quando percebi que se algumas pessoas roem as unhas e outras fumam, outras querem sempre fazer MAIS e MAIS pontos no Chucky (sobretudo quando têm de escrever trabalhos académicos de alguma envergadura). Em suma, escapei por pouco. Mas amanhã é um outro dia ...

23 abril 2007

Déjà vu


Pelo México há manifestações na rua. O PRD (centro-esquerda) falou da possibilidade de de liberalizar o aborto.
Há algumas pérolas maravilhosas:

"¡En el nombre de la virgen cósmica no pasarán!",

"Con los gobiernos de los demócratas degenerados, los derechos de los delincuentes valen más que los de los abortados".

"Es una peregrinación apolítica", dice por un altavoz el presidente de la Unión Nacional de Padres de Familia (UNPF), Guillermo Bustamante. Y en los carteles repartidos entre los niños se lee: "PRD = Asesino".
Faz sentido.

A sério?

Dans un document de sa commission théologique internationale, l'Eglise estime qu'il existe désormais "des bases sérieuses pour espérer que, lorsqu'ils meurent, les bébés non baptisés sont sauvés".
in Le Monde.

Ainda as eleições.

Um espectáculo muito interessante, sem dúvida o mais interessante de sempre (e já me aconteceu acompanhar eleições noutros - vários - países)!

O que se viu foi o Nicolas Sarzkozy a fazer um grande discurso, como é aliás seu hábito. Hoje, de mangas arregaçadas a entrar na sua sede de campanha, era a imagem do candidato decidido e dinâmico. A Ségolène esteve à espera: foi a última a falar (depois de Sarkoky, depois de Bayrou), enquanto os "dinossauros" socialistas, a começar pelo Fabius, demonstravam mais uma vez o estado moribundo do partido socialista francês. Detestando abertamente a candidata oficial, e sofrendo ainda de uma embaraçosamente visível dor de cotovelo, Fabius explicava ontem em directo que as pessoas que votaram no Partido Socialista votaram sobretudo contra Sarkozy... Pouco importa a Ségolène, pouco importa o (eventual) projecto do PS. Tenso e apreensivo, o François Hollande não sabia o que dizer. Ségolène Royal teve - e tem - dois combates a travar, um deles dentro do seu próprio partido, que não soube, como a UMP de Sarkozy, controlar a vertigem de ambições tacanhas que agora se auto-destrói em directo.

Depois há o Bayrou, que com 18% dos votos é agora o "árbitro" das presidenciais. Que fará Bayrou? E, mais importante, que farão os seus eleitores? Ninguém sabe, e o Bayrou aproveita. Se disto vai nascer uma "terceira" via francesa também ninguém sabe. O que é certo é que os tempos mudaram.

Com uma das votações mais baixas de sempre (mas ainda com 10% do eleitorado), o "insucesso" de Le Pen é discutível. Tal como o próprio candidato não se cansa de repetir, esta campanha foi, de facto, centrada em torno de muitas das suas propostas. Nos últimos dias, nem Sarkozy nem os seus conselheiros pessoais, escondiam que queriam recuperar os eleitores do Front National. Conseguiram - e Le Pen sabe-o. O seu novo inimigo tem um nome e uma cara: Nicolas Sarkozy, o homem que "legitimou" muitas das suas ideias. Como um Ministério da Identidade Nacional. À suivre ...

22 abril 2007

Cidadania.

Segundo as últimas estimativas, 86% dos Franceses votaram hoje. Oitenta e seis por cento. Entre estes 86% encontram-se os Franceses que vivem no estrangeiro - e que ao que parece votaram em massa. Em alguns países, a inscrição nos cadernos eleitorais aumentou na ordem dos 55%.

P.S. Nas últimas eleições portuguesas, votaram nos consulados aqui em França ... 3000 Portugueses. A comunidade portuguesa em França conta 800 000 pessoas, das quais 150 000 têm dupla nacionalidade. Pense-se nisso, sobretudo quando alguns destes ditos "Portugueses" protestam contra o encerramento de estruturas cuja única função parece ser o desperdício de recursos.

19 abril 2007

Desdém de ontem

Nem de propósito, no Aspirina B um pouco do desdém de que ontem falava. Ataca-se aqui a atitude dos Gato Fedorento quanto ao célebre cartaz porque:

não têm o direito de se pronunciar como grupo porque enquanto tal não são cidadãos;

são irresponsáveis porque deram mais notoriedade a um grupo pouco visível pois pouco se falava do cartaz do PNR até eles colocarem o deles;

e, finalmente, são cobardes porque atacam a xenofobia, que é um mal débil em Portugal, e não outros males mais importantes que o racismo.

É o apelo ao conformismo, à inacção e a tal pontinha do «há que atacar o Gato Fedorento porque todos gostam deles».

Ah, claro, e também um pouco de parvoíce.

18 abril 2007

Já falta pouco...



... e é emocionante! Até Domingo!

Desdéns

Tenho a sensação que uma das formas mais populares de se tentar evidenciar nalgum campo de conhecimento (ou intelectualmente) é mostrar desdém por algo ou alguém quase unanimemente elogiado. Acho a crítica saudável, e até desejável, e gostos discutem-se mas reconhece-se o direito à existência dos mais diversos. O que é um pouco desagradável é ter como único fundamento à crítica o facto do alvo desta ser pelos demais apreciado. Lembrei-me disso por alguns comentários aos "Gato Fedorento" mas confesso que o meu exemplo preferido é o Beckham. Se alguém quer parecer conhecedor de futebol (e não percebe dele grande coisa) acha que dizer: «Ah, o Beckham não joga nada, aquilo é só publicidade» leva os demais a dizer «Eh lá, se este critíca o Beckham deve saber do que fala». Claro que se lhes perguntamos para explicar ou se engasgam ou dizem disparate. Parece daqueles manuais de especialista instântaneo. Agora, eu também não me iludo, bem sei que a razão pela qual o Dr. Dude vai ficar mais um ano em LA...

CO2.

Na véspera de mais uma viagem - de combóio! - decidi calcular quantos gases com efeito de estufa já tinha emitido este ano (vou em 3 viagens de avião e há mais uma no horizonte). Calculei tudo muito bem calculadinho (felizmente não ando de carro), e até juntei uns gases a mais. Depois, fiz a minha doação aqui. Consolei-me com a ideia de que tendo ultrapassado as emisões aceitáveis por pessoa (vou em 1,6) vou impedir a minha mãe de andar de avião (excepto para me vir visitar - uma vez).

A doação é deduzível nos impostos. Entre isso e ir jantar fora duas vezes, o que é que preferem? (Bom, o Dude poderá a esta altura do campeonato ir jantar fora todos os dias durante um mês, mas como recicla desde que nasceu está perdoado).

(Reproduzi o mesmo post no Cavaleira)

Um mouro na outra costa


Quem deve ter pensado que havia mouro na costa - ou pelo menos um espião iraniano a passear pela praia - foram os meus amigos da Homeland Security. Durante o fim de semana passado, o Dude foi à Virgínia. Mais precisamente, a Norfolk, onde se encontra a maior base naval do mundo. É o que dizem os entendidos. E com efeito a cidade tem um charme estranho. É limpa e aborrecida como todas as outras, um pouco mais abastada até, e tem mesmo um não-sei-quê de história, visto estar próxima da colónia de Jamestown, fundada em 1607. O que a torna um tanto esquisita é a tal base naval. Olha-se para as águas cinzentas da baía de Hampton Roads, olha-se para a embocadura de Chesapeake Bay, olha-se para os idílicos bosques e os pântanos das redondezas, e em todo o lado surge a mesma coisa: máquinas de destruição.
Terminei a minha visita com um passeio pelo bairro mais pacato da downtown, uma série de pequenas ruas com paralelos, gatos sentados em varandas vitorianas cheias de flores, portas abertas de onde saem melodias e cheiros de domingo. Ao virar de uma esquina, por detrás de uns lilazes que ainda exudam a humidade da manhã, vêem-se uns tubos cinzentos esquisitos a apontar para o céu. São os canhões do USS Wisconsin, um dos maiores navios de guerra de sempre. Foi construído em 1944, esteve em Iwo Jima em 1945, e na Coreia em 1952. Andou a cruzar pelo Atlântico até 1996. Hoje faz parte de um museu onde as crianças aprendem as lógicas da guerra.
Ontem um gajo matou 32 pessoas num campus da Virgínia.




Mas se procuram "Battleship Wisconsin" no Google, aparece do lado direito um link que diz: "Looking for Battleship Wisconsin? Find exactly what you want today on eBay.com".

17 abril 2007

Nao dou mais salsa a quem bate à porta.

Como a Miss Mishish não transmite ao Dr Dude toda a nossa riqueza vocabular, tenho-me visto na obrigação de lhe ensinar umas coisas. Entre as expressões de que me orgulho de lhe ter transmitido encontra-se chinar o fogareiro (nunca se sabe quando o Dr Dude terá de esfaquear um taxista) e, claro, há mouro na costa. Sobre esta escrevi aqui agora - e é urgente lerem-me, porque a língua é um campo de batalha inesperado.

Depois há aquelas expressões que ainda não lhe ensinei. Por exemplo, e se um iraniano te pede para trabalhares de graça, o que é que tu respondes? Que não dás mais salsa a quem bate à porta...

11 abril 2007

Bath final

Vindo dos belos arrabaldes de Bath entra-se no centro da cidade atravessando o rio Avon. A fotografia do rio foi tirada da ponte Pulteney, que é uma das poucas pontes no mundo coberta de lojas (entre as quais a The Ancient Maps Shop :-) )

No centro histórico estão as duas referências maiores do turismo desta cidade, a abadia e os banhos romanos. Em tempos romanos as águas termais de Bath deram uma importância à cidade desproporcionada em relação ao seu valor estratégico. Quiçá o peso das actividades hedonísta tenham sido contrabalançados com o culto a Minerva, que aí se estabeleceu. As águas seguem quentinhas mas não a bebam (não vale a pena…blurghh). A abadia, de origem medieval (período em que foi uma das mais importantes da ilha) foi restaurada (à séria) no século XVI.
Aí à beira (na verdade não é bem à beira mas nas fotografias mais abaixo sim) está o Royal Crescent, um edifício símbolo da cidade. Construído na segunda metade do século XVIII dá para um agradável parque e tem uma vista notável. O facto de estar no topo de uma colina ajuda. É, como desde a origem, um local residencial (qualquer milhão de libras paga uma casita por ali), excepto os números 15 e 16 (dum total de 30) que são da propriedade do hotel com o nome do edifício. Logo vos conto de Oxford.













Os Arrabaldes de Bath


O rio Avon
Royal Crescent, Abadia e banhos romanos e Mongito




Ainda o Google Earth.

"The United States Holocaust Memorial Museum has joined with Google in an unprecedented online mapping initiative. Crisis in Darfur enables more than 200 million Google Earth users worldwide to visualize and better understand the genocide currently unfolding in Darfur, Sudan. The Museum has assembled content—photographs, data, and eyewitness testimony—from a number of sources that are brought together for the first time in Google Earth.

Crisis in Darfur is the first project of the Museum’s Genocide Prevention Mapping Initiative that will over time include information on potential genocides allowing citizens, governments, and institutions to access information on atrocities in their nascent stages and respond."

In USHMM.

09 abril 2007

O mundo a meus pés.



Clara d'Ovo passou o dia de Páscoa na France Miniature. Delírio Radagastiano (ver um país INTEIRO em APENAS três horas)? Passeio dos tristes? Ou paraíso infantil? Mais aqui!

08 abril 2007

Entre gregos e troianos

Na quinta-feira passada foi finalmente lançado, em Paris, o famoso Atlas Histórico do Golfo Pérsico. Fruto de uma cooperação mais alargada entre a École Pratique des Hautes Études e a Universidade de Teerão, este livro prova, para os iranianos, como o Golfo sempre foi Pérsico - e não Arábico, como têm vindo a reivindicar os países da margem sul desse charco. Para nós os editores, a aparição do volume encerrou três anos de trabalhos bastante penosos (leia-se: #"&%#) com gente muito dura de roer. Se fazer um atlas é tão difícil com eles, como não será negociar a questão do programa nuclear...

A jornada de festas acabou com um jantar na sumptuosa embaixada iraniana de Paris. Sem álcool, claro ("jus de raisin rouge ou blanc, Monsieur?"), e com o habitual chicken kebab, desta feita distinto da versão standard por vir com um molho de limao e natas de inspiração francesa. Isto sob os olhares atentos dos ayatollahs Chomeini e Chamenei, devidamente arrumados ao fundo da sala, mas ainda assim bem visíveis. Glupp. Foi na véspera de eu voltar para os States, e só me lembrei desta coincidência no dia seguinte, ao embarcar para Los Angeles.

À chegada ontem à noite em L.A., os americanos perguntaram-me logo o que é que eu andava a tramar no Irão. Eu respondi apenas: "nada", e expliquei que visitar países exóticos fazia parte da minha profissão, sendo que a culpa era dos portugueses, que visitaram meio mundo no século XVI. Fizeram "hm". Depois, ao chegar a casa, tinha um tipo sentado num carro à minha porta, a olhar muito atentamente para mim e as minhas malas. Aí pensei eu também: "hm", mas depois lembrei-me que não valia a pena enervar-me, porque estes tipos sabem tudo sobre nós de qualquer maneira. Quando fiz o pedido de visto para vir cá no ano passado, já as senhoras da embaixada em Lisboa me chatearam por causa das minhas "actividades iranianas". Por que é que eles haviam de apagar o que quer que fosse do meu ficheiro? Ontem no aeroporto estavam a par do facto de eu ter um segundo passaporte, húngaro, e de ter feito a licenciatura em Portugal e o mestrado na Alemanha. Só faltava perguntarem se gostava mais do frango com ou sem molho de limão...

O que me fez ganhar a noite foi um oficial da Immigration Office que, no meio disto tudo, me perguntou com um sorriso maroto: "do you see any parallels between Portuguese imperialism and our present situation?". Eu, um tanto surpreendido e, de qualquer maneira, completamente zonzo depois de 12 horas no avião, respondi: "some overstretch, maybe..." Ainda não tinha acabado de dizer isto, já me estava a imaginar vestido de cor-de-laranja a gozar o sol de Guantánamo. Mas o homem apenas sorriu e disse: "you may be right - have a nice stay".

06 abril 2007

Concurso Pascoal.


Para concluir o relato da viagem de uma Lisboeta a Istambul, que podem ler aqui, deixo no Feno uma última fotografia. Desta feita, a da maravilhosa cisterna bizantina de Istambul.

Aqui há uns anos, estive na cisterna portuguesa de El Jadida em Marrocos. A do Othello do Orson Welles. A de Istambul, que não lhe fica em nada atrás, e onde duas cabeças de Medusa sustentam colunas, é a do James Bond. Quem adivinhar o filme, ganha um ovo de Páscoa.

05 abril 2007

Bath I (o que pressupõe sequela)

Há umas semanas andei, desacompanhado (não foi BB?), por terras meridionais da britain. Por Bath e Oxford para ser mais exacto. Confesso que Bath me agradou mais. É uma cidade bonita, com alguns edifícios interessantes, como o Royal Crescent e o Circus, a inevitável abadia “acatedralada”, um bonito rio (já cá faltava) e, claro, os banhos romanos. O núcleo desta cidade georgiana é pequeno, pelo que em seu redor não faltam as verduras por aqui habituais. Curiosamente, não sendo particularmente reconhecida por isso, tem uns canais que não são feios de todo. Estas auto-estradas da revolução industrial “rasgam” a ilha e lembram-nos até à exaustão que o desenvolvimento (seja ele qual for) não se faz sem um sistema de transporte eficiente. Andando por estradas inglesas às vezes pergunto-me se não era mais eficiente então.
É uma cidade que, aparentemente, tem como mester preferido o da arte dos cabelos, pois não há rua ou ruela que não tenha o belo de um cabeleireiro, às vezes dois e três seguidos. Isto não deixa de ser curioso porque, como eu próprio já pude atestar, há muitas coisas em que os ingleses são bons mas seguramente que arranjar a cabeça alheia (exteriormente) não é uma delas.
O ambiente é descontraído, o tempo agradável e a cidade bonita. Quero lá voltar passar uma tardezinha nas termas. Recomendo muito a visita (apenas não se sintam tentados pelos cabeleireiros).

Obrigada, Gato Fedorento.


Às vezes, são a única coisa que nos valhe...

A imagem é do Público (Foto: Sérgio B. Gomes/PUBLICO.PT) e quem ma enviou foi o Puto da Objectiva (obrigados, pá!).

04 abril 2007

Suspeita ...

Já repararam que a libertação dos 15 militares britânicos coincide com as jantaradas do Dr Dude em Paris com ... "os iranianos"?

I wonder...

Os tempos mudaram e a République também.

Fraternité?

Neuf élèves de l'école maternelle de Maincy (Seine-et-Marne) se sont retrouvés au pain et à l'eau lundi parce que leurs parents avaient un jour de retard dans le règlement de la cantine.

Os tempos mudaram.

Em 1999, quando o Jörg Haider esteve quase a chegar ao poder na Áustria, a Europa mobilizou-se.

Hoje, os irmãos Kaczynski estão no poder e todos desviam a cara.

Os Pumas dão-me dinheiro

Andei pela semana passada a tentar configurar programas que me permitissem ver o Benfica-Porto no laptop. Não fui muito bem sucedido mas descobri que podemos ver televisões de meio mundo no computador, e isso permite ver muita bola, e até a RTPi (uau). Bem, acabei por ir dar ao site da Bwin. Às vezes passam aí os jogos (não, também não me serviu de nada). Já que estava por lá resolvi fazer uma aposta. Depositei £25 e vou tentar que durem 3 meses.

Comecei por apostar £6 (a 3.25) no empate dos Pumas em casa dos Tecos (parece filme de BD). É sempre um pouco chato apostar que a nossa equipa não ganha mas a verdade é que vínhamos de quatro empates seguidos. Porque não um quinto? As equipas estão na mesma zona da tabela e os Pumas não perdem muitos jogos, mesmo fora. O Tuca Ferretri (treinador dos Pumas) joga fechado mas quando está a perder não tem medo de arriscar. O jogo terminou 2-2 . Ganhei £19.25 :-D

Na mesma altura apostei £6 (a 25.00) que os Pumas serão campeões (queria apostar £5 mas enganei-me, paciência). Este só lá veremos lá mais para a frente, mas definitivamente não somos favoritos. Ainda assim, o sistema de liguilha do campeonato mexicano favorece os out-siders e o Ferretti é tradicionalmente bom nessa fase do campeonato. Vamos lá ver é se os Pumas chegam à liguilha.

A minha terceira aposta do dia foi de £1 no empate do Sporting (5.00). Perdi, mas era uma daquelas que procurava juntar o útil ao agradável de forma demasiado esperançosa.

Pensei em apostar uma libra (a minha aposta típica doravante) na Miss Áustria mas, a julgar pela minha experiência de adolescência em Portugal, de Misses percebo pouco. A Miss Portugal eleita era quase sempre a que eu achava menos bonita (que às vezes era mesmo feia!).

Tenho £31.50

03 abril 2007

Príncipe por Encomenda

Os Globos é coisa que possivelmente não veria mesmo que estivesse em Portugal, mas só por isto quase que valia a pena.

Jogatana no sábado


Sábado estarei em Elland Road para ver o Leeds United contra o Plymouth Argyle (a minha equipa bife, que por ser da Cornualha não verei a jogar em casa tão cedo). O Leeds ganhou no sábado ao Preston e os adeptos ficaram tão entusiasmados que vão encher o estádio (31.000, para um jogo da segunda divisão...).

O Leeds United faz parte da história pessoal do muito nosso Gabriel Alves. Em 2003, Gabriel Alves disse que o futebol europeu ia ser dominado pelo Leeds United até ao fim da década. Bem, neste momento o Leeds está em penúltimo lugar da Championship (2ª divisão), quase condenado a descer à 3ª. Cá por mim, mas que sei eu, acho que o Barcelona não deve vir cá jogar tão cedo...não sei, é cá um felling...

O Santana Lopes é que podia ajudar o Gabriel Alves e explicar-lhe como é que se junta uma pitada de Zandinga aos seus comentários sabedoiros.

02 abril 2007

De regresso.


Sob o céu plúmbeo de Istambul, the cat, always the cat (também conhecido como "le chat")...

01 abril 2007

Damien Rice

Sexta-Feira fui ver o irlandês. O concerto foi excepcional!
Foi mesmo fixe!