30 maio 2007
29 maio 2007
Andropausa, ver o futuro
Mais velho, mais chato. Sempre a descer.
http://www.cambridge.org/catalogue/catalogue.asp?isbn=9780521771795&ss=exc
PS- mesmo os alérgicos à rational-choice deviam fazer uma tentativa. Vá lá pessoal das humanidades, coragem... primeiro estranha-se, depois entranha-se.
28 maio 2007
Micro-causa.
PS- sei o que te move, o Dr. Dude já o disse várias vezes... quando quiseres montar uma estratégia mentirosa, para te pagarem bilhetes de avião ou outra coisa, fala ali com a Cavaleira Andante ou comigo.
E o Calvin não só é maricas como anda enrolando com um animal!
É um país que está muito preocupado com a virilidade dos personagens de programas infantis. Num determinado programa de rádio havia pessoas que insinuavam que algo de estranho se passava com o Winnie de Pooh porque só tinha amigos masculinos (claro que deve ser o mesmo tipo de gente que diz que não é possível um homem e uma mulher serem amigos)
Nos dias que correm deve ser difícil fazer parte da maioria silenciosa na Polónia. Resta a quem o é ser menos silencioso.
Para quando?
Wilhelm Meisters Wanderjahre
Letras e realidade
E ainda bem que temos esta opção. Por exemplo, quando se trata de miúdas. As de cá são na maioria assim:
Não, não é uma fata morgana. A fata morgana é esta, do Raymond Chandler:
"It seemed there was a woman and she was sitting near a lamp, which was where she belonged, in a good light. [...] She was so platinumed that her hair shone like a silver fruit bowl. She wore a green knitted dress with a broad white collar turned over it. There was a sharp-angled glossy bag at her feet. She was smoking and a glass of amber fluid was tall and pale at her elbow. [...]
I stopped these furtive movements and said: 'Hello.'
The woman withdrew her gaze from some distant mountain peak. Her small firm chin turned slowly. Her eyes were the blue of mountain lakes. Overhead the rain still pounded, with a remote sound, as if it was somebody else's rain.
'How do you feel?' It was a smooth silvery voice that matched her hair. It had a tiny tinkle in it, like bells in a doll's house. [...]
She was tall rather than short, but no bean-pole. She was slim, but not a dried crust. She went back to her chair. [...]
She was silent. Smoke floated dimly from her cigarette. She moved it in the air. Her hand was small and had shape, not the usual bony garden tool you see on women nowadays. [...]
I stood beside her, touching her knees. She came to her feet with a sudden lurch. Our eyes were only inches apart.
'Hello, Silver-Wig', I said softly. [...]
I leaned against her and pressed her against the wall with my body. I pushed my mouth against her face. I talked to her that way. 'There's no hurry. All this was arranged in advance, rehearsed to the last detail, timed to the split second. Just like a radio program. No hurry at all. Kiss me, Silver-Wig'.
Her face under my mouth was like ice. She put her hands up and took hold of my head and kissed me hard on the lips. Her lips were like ice, too.
I went out through the door and it closed behind me, without sound, and the rain blew in under the porch, not as cold as her lips." (The Big Sleep)
*Suspiro*27 maio 2007
Agradecimento
25 maio 2007
E nós queremos brincar aos legos!
É estúpido,
É uma aberração económica,
É um disparate de engenharia,
mas é bueda grande e mais tarde vão dizer que fomos nós que o fizemos.
toma, toma
toma, toma
Death Valley
O Ford, coitado, parecia um mamute moribundo a subir aquelas encostas, uivando em primeira e cuspindo óleo para todos os lados. Mas lá conseguiu, e nós saímos do Vale da Morte vivos, ainda que tontos. Pensar que do outro lado do planeta existe uma cidade chamada Roma, e que no mar, bem além das montanhas californianas, vivem criaturas gelatinosas com tentáculos, que coisa mais absurda. Perguntámos uma data de vezes pelo resultado das eleições em França, e a resposta mais completa que obtivemos foi: "France? I've heard about that place. They fry potatoes, don't they?"
23 maio 2007
Era para fazer fumo para espantar os mosquitos
Os castigos corporais a quem não levava os filhos a baptizar, as perseguições a quem não ia à missa, o queimar de milhares de códices pré-hispânicos que nos privaram de maravilhas estéticas e intelectuais e violentaram as culturas pré-colombianas; meros detalhes.
Há coisas que nunca mudam...
2007
a) É verdade.
b) Estás com os primeiros sintomas de andropausa.
c) É natural que procures várias formas de fugir ao calendário. Afinal um PhD é um PhD.
Alguns dirão que a,b e c não se excluem mutuamente.
22 maio 2007
21 maio 2007
14 maio 2007
Tourette
11 maio 2007
09 maio 2007
Hora do Lanche.
Dizem os brasileiros que cada país usa como lema não aquilo que mais tem, mas aquilo de que mais precisa. No Brasil é “Ordem e Progresso”. Na França é “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”.
(...)
Nós só usamos como lema as palavras “República Portuguesa”, e faz sentido. Mais uma vez, não é o que temos mas aquilo de que mais precisamos.
Se não fosse verdade, até dava vontade de rir.
Globalização?
Constato, com grande espanto, que o caso da criança inglesa raptada no Algarve, chegou aos telejornais franceses. Três coisas chamam a minha atençaõ: a criança é dada como tendo supostamente sido "raptada por uma rede pedófila internacional", o Cristiano Ronaldo aparece a fazer um apelo em inglês mas dobrado em francês e a reportagem conclui que a "polícia portuguesa terá sido negligente".
Globalização, sim... Também dos preconceitos.
Ler nas entrelinhas.
O Governo pretende aumentar em 50 por cento até 2009 o número de lugares nas creches públicas para as crianças mais carenciadas, dentro das políticas de incentivo à natalidade, revelou hoje o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social.
Acho bem, até porque o apoio à primeira infância é particularmente fraco em Portugal (e, para não variar, muito abaixo das médias europeias). Também acho bem que se pense nas "crianças mais carenciadas". O que eu não acho bem é que se comece logo na primeira infância a fazer a seguinte distinção: "meio carenciado = público", "meio não carenciado = privado".
E sobretudo o que eu não percebo é porque é que a inserção de crianças carenciadas na rede pública de apoio à primeira infância faz parte das políticas de incentivo à natalidade. São duas questões diferentes. As crianças "carenciadas" não deviam ir para a creche para que os pais tenham (mais) filhos. As crianças "carenciadas" deviam ir para a creche porque o Estado tem a obrigação de proporcionar a todos os seus cidadãos (sem discriminação de origem nacional ou social, riqueza, nascimento ou qualquer outra condição, quer sua ou de sua família) as mesmas oportunidades e facilidades. Da mesma forma que os pais "não carenciados" ou simplesmente "remediados" têm o direito a ser incentivados a ter mais filhos sem terem de pensar no como é vão pagar mais aquele outro balúrdio de creche ... privada.
Por isso das duas uma, ou qualquer coisa me escapa (não bebi talvez café suficiente) ou estou outra vez a ler nas entrelinhas.
Sou um maricas polaco
Fatos
07 maio 2007
Aviso aos Historiadores.
É um dos seus temas preferidos: o arrependimento da França, uma França que, cito dum outro discurso, "não inventou a Solução Final" (maus momentos para a amizade franco-alemã; as palavras de Sarkozy foram, aliás, para os "nossos amigos americanos") e que por isso "não tem que se envergonhar". Uma França que é a "pátria dos Direitos do Homem" e que, por isso, se apresta agora a apagar as páginas do colonialismo e do colaboracionismo. O primeiro foi civilizador e o segundo nunca existiu?
A História faz agora parte daquelas disciplinas que, como a Literatura Antiga, não servem para nada. Contrariamente ao Reino Unido ("um modelo"), onde já se percebeu que um Historiador pode fazer tão bem ou melhor o trabalho de qualquer pateta licenciado em Ciências Políticas ou Gestão Empresarial, em França a História resume-se agora ao "prazer do conhecimento". Ou será que a História voltou, simplesmente, a ser um campo de batalha?
06 maio 2007
Um comunicado do ALain DOminic.
Nous sommes conscients que notre pays a pris un virage dangereux et que nous avons à craindre le pire. Mais nous ne nous laisserons pas faire !!!!
Ségolène Royal a mené une campagne remarquable, difficile, mais porteuse d'espoir. Elle nous a convaincu, elle M'a convaincu.
Nous ne laisserons rien passer, nous nous battrons et nous gagnerons.
Désormais nous entrons en résistance : NO PASSARAN !!!!!!!!
Peace Yo
ALain DO
02 maio 2007
Os tempos mudaram.
"Vous avez le droit de faire littérature ancienne, mais le contribuable n'a pas forcément à payer vos études de littérature ancienne si au bout il y a 1000 étudiants pour deux places. Les universités auront davantage d'argent pour créer des filières dans l'informatique, dans les mathématiques, dans les sciences économiques. Le plaisir de la connaissance est formidable mais l'Etat doit se préoccuper d'abord de la réussite professionnelle des jeunes".
De De Gaulle a Chirac, passando por Miterrand, houve sempre uma coisa em comum: todos se reivindicaram "homens de cultura". Mas os tempos mudaram. Hoje é-se o "homem do rendimento". Acho que vou ter de emigrar outra vez.